Com 67 atletas, a maior delegação da modalidade da história dos Jogos, o primeiro objetivo da confederação já foi atingido

Depois do fraco desempenho no Pan de Toronto, no ano passado, onde conquistou o menor número de medalhas de ouro em 44 anos, o atletismo brasileiro entra pressionado nos Jogos do Rio, mas otimista. A confederação nacional da modalidade espera chegar ao maior número possível de finais, mas evita em falar em meta de medalhas. Uma das possibilidades de conquista é com Caio Bonfim na marcha atlética, um dos primeiros atletas do País em ação.
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A marcha foi uma das modalidades diretamente beneficiadas pela ausência da Rússia por conta do escândalo de doping no atletismo . No Mundial disputado em Roma há dois meses, Erica Sena ficou em quarto e Caio Bonfim terminou em oitavo - eles são, respectivamente, 4º e 6º do mundo. "A não vinda da Rússia facilita a competição. Isso não quer dizer que vamos ganhar ou deixar de ganhar medalha, mas facilita a competitividade", diz Antonio Carlos Gomes, superintendente de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo.
Com 67 atletas, a maior delegação da modalidade da história dos Jogos Olímpicos, o primeiro objetivo da confederação já foi atingido. "Para pensar em medalha, você precisa ter grande quantidade de atletas participando dos Jogos e nós atingimos isso. Depois, é preciso colocar o maior número de atletas em finais. Quantas medalhas vamos ganhar não é possível falar", comentou Antônio Carlos Gomes.
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Outras esperanças de medalha
Uma das maiores apostas do atletismo brasileiro é a saltadora Fabiana Murer, que teve problemas em Pequim 2008 e Londres 2012. Dona do recorde sul-americano do salto com vara, ela faz sua despedida olímpica no Rio de Janeiro, atuando diante da torcida. A concorrência é dura, mas é a maior chance de medalha. Ela bateu o recorde sul-americano (4,87 m) e lidera o ranking mundial da temporada, ainda que a russa Yelena Isinbayeva, fora das Olimpíadas, tenha 4,90m.
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Outras apostas do atletismo nacional são os revezamentos 4x100m no masculino e no feminino. Rosângela Santos e Ana Cláudia Lemos - está última quase ficou de fora do evento por conta de doping - serão poupadas da prova dos 200m rasos só para correr o revezamento. "Tivemos um upgrade nessas provas e podemos surpreender", finalizou o dirigente da confederação.
*Com Estadão Conteúdo