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Weverton, goleiro da seleção olímpica
Lucas Figueiredo / MoWA Press
Weverton, goleiro da seleção olímpica

Weverton chegou em cima da hora, mas pronto. Ele admitiu que nem imaginava que poderia disputar a Olimpíada pela seleção brasileira, mas, uma vez que a oportunidade apareceu, afirmou estar preparado para enfrentá-la. Fã de Marcos e Dida e que também teve Rogério Ceni como espelho, o goleiro do Atlético Paranaense, que nas peladas que participava no Acre quando criança jogava de atacante e garante que fazia muitos gols, não vê problema em se incorporar ao grupo em cima da hora.

"Vamos procurar nos adaptar rapidamente. O estilo de jogo do Micale (Rogério, técnico da seleção), é parecido com o que faço no Atlético com o Paulo Autuori, um jogo moderno, em que o goleiro participa do jogo, das ações", disse em entrevista na manhã desta segunda-feira, logo depois de se apresentar em Brasília. "A primeira missão é defender, mas o goleiro hoje é bem participativo, é bem natural para mim."

Substituto de Fernando Prass, cortado por contusão, ele lamentou o infortúnio do palmeirense, mas definiu como "fatalidade" e disse que cada jogador tem de procurar fazer sua história. "Todo mundo é importante para solucionar o problema que a gente tem, que é ganhar essa medalha."

Weverton foi sincero ao admitir que não esperava jogar a Olimpíada porque havia uma lista de 35 jogadores pré-convocados e ele não fazia parte dela - a CBF conseguiu permissão da Fifa para inscrevê-lo. "Eu nem imaginava poder estar aqui. Mas estou feliz e espero fazer o melhor para ajudar."

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O goleiro do Atlético-PR recebeu a notícia de sua convocação quando o avião que trazia a delegação atleticana de Recife aterrissou em Curitiba. "O telefone tocou e eu queria que o pessoal saísse logo do avião para poder respirar." Imediatamente ele mandou mensagem avisando da convocação à família, que naquele momento estava na igreja. "As coisas acontecem no momento certo que tem de acontecer."

Apesar de se juntar à seleção a quatro dias da estreia, Weverton garante estar preparado para jogar contra a África do Sul na quinta-feira, se o treinador optar por ele. "O Brasileiro está sendo jogado, eu participei das 17 rodadas, estou mais em fase de recuperação do que de trabalho forte. Me sinto preparado. Se o Micale optar por me usar, estarei à disposição, com certeza."

Weverton tem espírito de liderança, e disse que a obervação que fazia de Marcos e Dida têm influência nisso. Mas para jogar com os pés, se espelhou em outro goleiro. "Na época em que Marcos e Dida atuavam não havia essa exigência que há hoje. Eu admirava a postura deles fora de campo, pessoas carismáticas, o torcedor brasileiro tinha identificação muito grande com eles. A referência no Brasil de jogar com os pés sempre foi Rogério Ceni pela qualidade e por todos os gols que fez. Pela confiança que os companheiros dele tinham."

Descontraído, ele afirmou brincando que a convocação representa um upgrade também em relação ao nível dos companheiros. "Brinquei com meus companheiros que estava chutando bola pro Marcos Guilherme, pro Nikão, agora vou chutar pro Neymar, pro Gabriel Jesus, Gabigol (risos). Eles fizeram muitos gols em mim, mas agora vou ficar mais tranquilo tendo eles ao meu lado."

Mas quando foi questionado sobre se a convocação era o primeiro passo para seleção principal, uma vez que Tite admira seu futebol, ele voltou a falar sério. "Fico muito feliz, é um grande treinador. O pensamento agora é na seleção olímpica, o que tiver de acontecer será natural, como foi chegar aqui. O que tiver de vir, virá com naturalidade, tranquilidade, meu pensamento é fazer uma boa Olimpíada e conseguir a medalha."

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