Pezão reafirma que Baía de Guanabara terá condições de receber competições
Governador do Rio de Janeiro confia na qualidade das águas do local de competições e descartou qualquer possibilidade de mudança
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, rebateu hoje (28) as acusações do ex-presidente da Federação Internacional de Vela (ISAF, da sigla em inglês), Peter Sowrey, de que perdeu o cargo depois de insistir que as águas da Baía de Guanabara estão poluídas. Sowrey disse que saiu depois de sugerir a mudança do local das provas de vela dos Jogos Olímpicos para Búzios, na Região dos Lagos fluminense.
Ao participar do seminário Os Jogos Olímpicos e a Transformação do Rio de Janeiro, realizado no Museu do Amanhã, na região portuária, Pezão disse que não há qualquer possibilidade de mudança e disse acreditar na qualidade das águas em que as competições serão disputadas.
“Eu posso afirmar com total segurança que a Baía de Guanabara terá totais condições para a disputa. Nós nos apoiamos em uma série de estudos, testes e pesquisas que atestam a qualidade da água daquela região. Não há possibilidade de mudança, até porque não sou eu quem escolho onde as provas acontecerão e também porque não há a mínima necessidade disso”, garantiu o governador.
O prefeito da cidade, Eduardo Paes, que também participou do evento, lembrou que, por mais que os olhos do mundo estejam voltados para a cidade, a qualidade da água da Baía não é um “assunto olímpico”.
“Por mais que tudo que aconteça em nossa cidade esse ano seja de interesse mundial, que os nossos problemas sejam problemas do mundo também, as águas da Baía de Guanabara são termos metropolitanos, e não olímpicos. A gente que tem que tratar disso, olhar pra essa questão, mas sempre tendo a confiança de que ela estará totalmente apta a receber as provas, e está”, disse Paes.
As discussões em torno da qualidade da água do local que vai receber as competições de vela nas Olimpíadas se estendem desde julho de 2015, quando a agência americana de notícias, Associated Press, divulgou testes de qualidade da água indicavando que os atletas corriam o risco de se contaminarem no local. Na época, o governador também rechaçou essa possibilidade e disse confiar nos órgãos brasileiros, que garantiam a qualidade das águas.