Filipe perde em Portugal e chance de título antecipado de Gabriel Medina aumenta

Com a presença do amigo Neymar nas areias, Medina chegou às quartas de final da etapa de Peniche, em Portugal, e viu compatriota cair na terceira fase

A chance de título antecipado de Gabriel Medina segue viva em Portugal. Nesta quinta-feira, o brasileiro já passou para as quartas de final da etapa de Peniche e contou com derrota na terceira fase de Filipe Toledo, vice-líder do ranking do Mundial de Surfe, para o francês Joan Duru, para seguir sonhando com o bicampeonato antes mesmo de disputar a última etapa, em dezembro.

Leia também: Gabriel Medina assume a liderança do Mundial de surfe a duas etapas do fim

A chance de título antecipado de Gabriel Medina aumentou com a derrota de Filipe Toleto
Foto: Divulgação/WSL / Masurel
A chance de título antecipado de Gabriel Medina aumentou com a derrota de Filipe Toleto

Agora, o australiano Julian Wilson é o único que pode levar a decisão para o Havaí. Ele tem que chegar nas semifinais e vai disputar as últimas vagas para as quartas de final na bateria que ficou para abrir o último dia da “perna europeia” do Circuito Mundial de 2018. Se ele cair, a chance de título antecipado de Gabriel Medina aumenta.

“Essa bateria foi bem complicada e estávamos nós três lá dentro procurando por alguma onda boa”, disse Medina, após derrotar o taitiano Michel Bourez e o português Frederico Morais no penúltimo confronto do dia. “Ainda bem que encontrei alguns tubos, porque esta é uma fase importante e com sorte fica melhor ainda”, acrescentou.

Medina tem recebido grande apoio da torcida portuguesa e ela foi reforçada também pelo ilustre amigo Neymar, que aproveitou a folga no PSG e foi até Portugal para acompanhar as baterias do amigo. “Estou com a minha família aqui e amigos, como o Neymar, que veio hoje (quinta-feira) ficar com a gente aqui", afirmou.

"É muito bom todo tipo de apoio, pois eu e ele sempre estamos perseguindo o mesmo objetivo, que é ser o melhor no que fazemos, então ele certamente é uma inspiração para mim”, completou.

Agora, toda a expectativa é pela participação de Julian Wilson. A primeira chamada para o seu confronto australiano com Owen Wright e Adrian Buchan, ficou para as 8h00 da sexta-feira em Portugal, 4h00 da madrugada no Brasil.

Leia também: Depois de entrar para o Guinness Book, Maya Gabeira pode se aposentar do surfe

A quinta-feira amanheceu com boas ondas em Supertubos e os tubos arrancaram as maiores notas do dia. O potiguar Italo Ferreira ganhou o duelo brasileiro com o paulista Jessé Mendes que abriu a terceira fase e foi o primeiro a passar para a fase classificatória para as quartas de final.

As atenções já estavam voltadas para os brasileiros que estavam na disputa fase a fase pela lycra amarela de líder em Portugal. O primeiro a entrar foi Gabriel Medina na sexta bateria e ele achou um tubão nas direitas de Supertubos que valeu nota 7,93.

O australiano Ryan Callinan, um dos convidados desta etapa que na semana passada barrou Filipe Toledo também na terceira fase e foi vice-campeão no Quiksilver Pro France, era o adversário e também surfou um bom tubo nota 7,33. Mas, cometeu um erro, foi penalizado com uma interferência e Medina passou fácil por 13,60 a 7,33 pontos.

Depois, Medina também fez o suficiente para derrotar o taitiano Michel Bourez e o português Frederico Morais por apenas 11,67 pontos, na segunda disputa por vagas nas quartas de final.

Derrota inesperada de Filipe que aumentou chance de título antecipado de Gabriel Medina

Foto: Divulgação/WSL / Masurel
Filipe Toledo foi eliminado e a chance de título antecipado de Gabriel Medina aumentou

Filipe Toledo entrou no confronto seguinte e foi uma bateria fraca de ondas. Ele ainda surfou um bom tubo e estava na frente até o francês Joan Duru pegar uma direita há 2 minutos do fim. Ela rodou um belo tubo, ainda rendeu mais duas manobras e ficou a expectativa.

A nota 6,0 recebida foi suficiente para virar o placar para 12,50 a 12,10, com Filipe Toledo terminando em 13.o lugar nas duas provas da “perna europeia”. Se ele passasse essa bateria, já acabaria com a chance de Gabriel Medina ser campeão mundial em Portugal.

Leia também: Festival ecológico de surfe em Santa Catarina terá 'banheiros de bolso'

Agora, o campeão mundial de 2014 está a duas baterias da grande final, para tentar repetir a vitória nas praias portuguesas alcançada no ano passado, que em 2018 pode lhe garantir o bicampeonato mundial. Vale lembrar que, para a chance de título antecipado de Gabriel Medina seguir de pé, Julian Wilson não pode chegar nas semifinais.