O ano esportivo que se encerra foi especial, afinal, a disputa das Olimpíadas de Paris fez com que 2024 se tornasse memorável. Nos campos, quadras e arenas da capital francesa, vimos atletas já consagrados confirmarem o status de astros do esporte, e também testemunhamos a segunda melhor campanha do Brasil na história dos Jogos, considerando o número de medalhas conquistadas.
Em Paris 2024, os atletas brasileiros subiram ao pódio em 20 oportunidades. Foram 3 medalhas de ouro, 7 de prata e 10 de bronze. No quadro geral de medalhas, o Brasil ficou na 20ª colocação.
Em número de pódios conquistados, o desempenho brasileiro ficou atrás apenas da campanha feita em Tóquio, em 2021, quando os esportistas nacionais ganharam 21 medalhas.
Os Estados Unidos brilharam mais uma vez e terminaram os Jogos de Paris na liderança do quadro de medalhas, com 126 pódios (40 ouros, 44 pratas e 42 bronzes). A China ficou na segunda posição, com 91 medalhas (40 ouros, 27 pratas e 24 bronzes). O Japão fechou o top-3, tendo conquistado 20 medalhas de ouro, 12 de prata e 13 de bronze.
Rebeca Andrade faz história
As Olimpíadas de 2024 serão lembradas pelos brasileiros por conta dos feitos épicos de Rebeca Andrade. A ginasta conquistou quatro medalhas e cravou de vez seu nome na história do esporte nacional e mundial.
Rebeca ganhou ouro no solo, prata no salto e no individual geral, além do bronze na disputa por equipes.
Somando as conquistas às duas medalhas que já havia ganhado nos Jogos de Tóquio, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista da história do Brasil, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que colocaram cinco medalhas olímpicas no peito cada um.
Outros destaques brasileiros
O Brasil também subiu ao lugar mais alto do pódio em outras duas modalidades. A judoca Bia Souza levou o ouro na categoria acima de 78 kg, conquistando um feito extraordinário em sua primeira participação em Olimpíadas. Quem também brilhou foi a dupla formada por Ana Patrícia e Duda, que ficou com a medalha de ouro no vôlei de praia.
Embora não tenham sido campeões olímpicos em Paris, diversos outros atletas brasileiros fizeram bonito na competição, entre eles, Isaquias Queiroz e Rayssa Leal. O canoísta conquistou uma prata e se reafirmou como um dos maiores atletas olímpicos do país.
Já Rayssa Leal levou o bronze no skate street e garantiu sua segunda medalha olímpica com apenas 16 anos de idade. Ela já havia conquistado a prata nos Jogos de Tóquio.
Mulheres brilharam
Outro aspecto marcante das Olimpíadas de Paris foi o protagonismo das mulheres brasileiras. Nossas atletas brilharam e conquistaram a maioria dos pódios. Das 20 medalhas que o Brasil ganhou, 12 vieram das mulheres. Os homens levaram sete medalhas, e uma veio da disputa por equipes mistas no judô.
Astros mundiais confirmam favoritismo
Algumas estelas brindaram os fãs de esporte com desempenhos espetaculares, e saíram das Olimpíadas de Paris ainda maiores do que já são.
Um destes astros é o sueco Armand Duplantis. O atleta do salto com vara não só levou a medalha de ouro, como também estabeleceu dois novos recordes: olímpico e mundial.
Após saltar 6 metros, Duplantis garantiu o lugar mais alto do pódio, no entanto, não se deu por satisfeito. Mesmo depois da medalha já assegurada, o sueco superou 6,10 metros e conquistou o recorde olímpico, que pertencia ao brasileiro Thiago Braz (6,03 metros).
Logo depois, Duplantis partiu para uma missão ainda mais ousada, que era quebrar o recorde mundial de 6,24 metros, que pertencia a ele mesmo. O sueco deixou todos os presentes no Stade de France de queixo caído, saltou 6,25 metros e fechou sua participação em Paris de forma impecável. Vale lembrar que pouco depois do término das Olimpíadas, Duplantis voltaria a superar seu próprio recorde, saltando 6,26 metros.
Quem também brilhou na capital francesa foi Simone Biles. Como já era de se esperar, a ginasta norte-americana teve uma performance fantástica e conquistou quatro medalhas (ouro no salto, no individual geral e na disputa por equipes, além da prata no solo).
Outro que teve uma participação épica em Paris foi Novak Djokovic. O tenista sérvio é o maior vencedor de Grand Slams da história, porém, nunca havia faturado uma medalha de ouro olímpica e perseguia este feito há muito tempo. Ele bateu o espanhol Carlos Alcaraz na final, por 2 sets a 0 (7/6 e 7/6), e finalmente conquistou o único título que lhe faltava.
Nos esportes coletivos, o destaque ficou por conta da seleção americana de basquete masculino. O chamado “Dream Team”, que foi composto por diversos astros da NBA, como Stephen Curry, LeBron James, Kevin Durant, entre outros, deu um verdadeiro show em quadra e conquistou a medalha de ouro ao vencer a França na final por 98 a 87.
Durante um período de pouco mais de duas semanas, vimos os melhores atletas do mundo superarem os próprios limites e entregarem o máximo de suas performances em Paris. Agora, fica a expectativa para que as próximas Olimpíadas, que serão disputadas em Los Angeles, nos EUA, em 2028, sejam tão espetaculares quanto as que testemunhamos na capital francesa.
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