Key Alves revela planos para a carreira e sucesso no OnlyFans
Reprodução / Instagram
Key Alves revela planos para a carreira e sucesso no OnlyFans

A líbero, modelo e influencer Key Alves (veja fotos na galeria abaixo), de 21 anos, é a jogadora de vôlei com mais seguidores do mundo. Atualmente conta com mais de 2,3 milhões somente no Instagram. E, ao mesmo tempo em que  bomba nas redes sociais, pode ter uma grande oportunidade nas quadras.

Nesta nova temporada de clubes 2022/2023, ela terá a chance de atuar mais vezes, principalmente no Campeonato Paulista. É que a jogadora renovou com o time de Osasco, que não terá Camila Brait no plantel. A medalhista de prata em Tóquio-2020 tirou "ano sabático" para tentar engravidar do segundo filho.

O clube, que fará o lançamento de sua nova equipe em breve, fechou com Natinha para a posição de titular. Mas, a jogadora defende a seleção brasileira adulta, que terá agenda será cheia este ano.

Após as finais da Liga das Nações, haverá a disputa do Campeonato Mundial, de 23 de setembro a 15 de outubro.

— Com todo o respeito a Natinha, vou brigar por esta vaga — diz Key, que tem títulos e premiações individuais nas seleções de base, como o posto de campeã e melhor líbero do Sul-Americano sub-18, disputado em 2018, em Lima.

Key garante que o trabalho como modelo não atrapalha a vida no esporte e conta ao GLOBO em que circunstância colocaria o vôlei em segundo plano:

QUAL A SUA PROFISSÃO PRINCIPAL?

Estou indo para o terceiro ano em uma equipe de vôlei profissional e me considero atleta profissional. Porém as coisas fora de quadra começaram a crescer muito para mim. Então comecei a dar sim um pouco mais de atenção para uma carreira paralela. Querendo ou não, hoje é a minha maior renda. Me considero atleta e é isso que fez a minha imagem crescer na internet. É isso que a galera procura ver na internet. Então, sou atleta, modelo e também influenciadora e empresária de alguns negócios próprios.

CONSEGUE CONCILIAR AS ROTINAS?

Acho que dá muito bem para trabalhar os dois lados, o de atleta e o da internet. Hoje em dia, os atletas estão querendo mais ir para este lado porque, querendo ou não, é onde se ganha dinheiro mais fácil. Eu jogo vôlei há 12 anos e a gente rala para caramba. Mas também, já deixei de fazer vários trabalhos porque priorizei a agenda de atleta. Principalmente nos playoffs, os jogos mais importantes da Superliga.

É VOCÊ QUEM FAZ AS SUAS REDES SOCIAIS?

Tenho uma equipe e nos falamos em um grupo no Whatsapp. Mas sou eu quem cuido de todas as minhas plataformas, menos o Onlyfans (de conteúdo adulto). Neste é meu empresário que faz as postagens. Todas as postagens passam por mim, as fotos, as edições, as legendas. Sempre posto na hora do almoço ou à noite, para não atrapalhar a rotina de treinos. Fico à noite toda, rodando entre as redes. Mas sei o meu limite e por isso não atrapalha meu sono. Tento fazer tudo normal. Sou uma pessoa normal que posta no Instagram e conversa com as pessoas. Não gosto de postagens falsas, só no automático.

VOCÊ GANHA MAIS COM A INTERNET?

Ganho umas cinquenta vezes mais com as plataformas digitais do que com o vôlei. É muito mesmo. E mais no Onlyfans porque o valor é fixo, tem todo o mês. Mas eu amo jogar vôlei, mais do que ficar tirando fotos. Por isso, não vou parar com a minha carreira nas quadras mesmo que isso seja possível atualmente (financeiramente falando). Seria mais fácil falar: "Não quero mais", assim como o Douglas Souza fez. Ou até mesmo nem voltar depois (ele vai jogar em São José, em time intermediário). Até achei que o Paulo André não voltaria para o atletismo. Se eu estou indo bem, imagina ele com bem mais seguidores do que eu e que acabou de sair de um BBB? Só que o esporte é o que a gente ama. Entendo ele voltar às pistas.

ACEITARIA IR PARA O BBB?

Eu iria para o BBB e deixei isso bem claro quando cheguei no Osasco. A visibilidade que este reality show tem... é incrível. Então, eu iria com a cabeça de participar, fazer o meu melhor para quando sair ter mais visibilidade como atleta. Hoje em dia é muito difícil ser atleta no Brasil, não temos patrocinadores pessoais. Tenho certeza que não largaria o vôlei e tentaria conciliar agendas.

PODERIA SER UMA PAUSA NA CARREIRA... 

Eu estou começando ainda na carreira no vôlei. Entro para o meu terceiro ano como profissional. Tenho mais uns 20 anos pela frente. E líbero tem também uma vida mais longa. Jogo em um time, com outras jogadoras. É diferente do PA no atletismo. Ele é sozinho, mais complicado (fisicamente). Ao mesmo tempo, tem o lado mais difícil de conseguir um clube. Por não jogar sozinha, não poderia parar, ficar só ganhando dinheiro, e depois voltar em qualquer momento. Jogamos por temporada.

E SE O BBB COINCIDISSE COM UMA CONVOCAÇÃO PARA A SELEÇÃO ADULTA?

No ano passado fui chamada para dois realities show, um na Record e um na MTV, na mesma data da seleção sub-23. Eu não aceitei os convites e dei prioridade ao vôlei. Não sei se com o BBB eu ficaria "mais assim" (balançada). Mas acho que seleção é seleção. É um sonho vestir esta camisa.

QUAL O SEU SONHO COMO ATLETA?

Meu sonho sempre foi jogar no Osasco, com o Luizomar de Moura, e com a Camila Brait. E agora meu maior sonho é assumir a posição de líbero titular, depois que a Brait, que é minha ídola, se aposentar de vez. Quero ficar neste time por muito tempo ainda. Não me vejo em outra equipe nem em outro país. Seleção adulta é um sonho, claro. Mas tem muitas atletas mais experientes que eu ainda (nesta fila).

GERALMENTE TÉCNICOS DE SELEÇÃO NÃO GOSTAM MUITO DE TER ESSA COISA DE ATLETA MUSA... 

Hoje mudou muito. Um patrocinador pode se associar a um time por causa desta musa. Isso acontece muito mais por causa das redes sociais. Não sou só a bonitinha da internet. E quem fala isso, nunca me treinou e ainda pode morder a língua. Esse também é um dos motivos pelos quais eu não desisto do vôlei. Quero mostrar para as pessoas quem sou. Não para mim, porque eu sei a minha verdade. Já fui para a seleção (de base) três vezes. Não tenho culpa que a minha internet bomba.

EXISTE PRECONCEITO EM RELAÇÃO AOS ATLETAS QUE SE DEDICAM A OUTRAS PROFISSÕES MESMO QUE ISSO NÃO ATRAPALHE A PERFORMANCE?

Ainda tem um pouco de preconceito sim. Mas são poucas as pessoas que pensam assim. Esses trabalhos extra quadra fazem a gente se distrair e se divertir. São momentos que não estamos na pressão. E os treinadores e as pessoas que trabalham com o esporte deveriam começar a achar isso um pouco mais normal e bom também. O atleta não é robô. Meu primeiro treinador, no Sesi Santo André, chegou a me obrigar a excluir meu Instagram. Foi em 2017, ele pediu para eu sentar na sua frente e disse para escolher: "Ou excluí ou não joga". Eu não excluí. Tinha certeza que um di ateria lucro com isso, Então não dava motivos para falarem de mim. Era a que chegava primeiro e a última a ir embora.

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