Treinadores são indiciados por assassinato de jogadora de 16 anos
Vítima morreu em agosto de 2019, após passar mal em um treino de basquete na escola
Os técnicos de basquete Larosa Walker-Asekere e Dwight Palmer, da Elite Scholars Academy, em Atlanta, foram indiciados pelo assassinato de Imani Bell, em agosto de 2019. Ela tentava entrar para o time de basquete e teve um colapso após subir as escadas do estádio de futebol americano.
Segundo informações, a estudante 16 anos estava em um treinamento com temperatura de 38 graus, acabou tendo uma insolação. Mais tarde, ela sofreu uma parada cardíaca e falência renal. De acordo com a autópsia, ela sofria de hipertermia (resultante da incapacidade do corpo de regular o calor) e rabdomiólise (colapso do músculo esquelético).
Após dois anos do ocorrido, os dois treinadores foram formalmente acusados por assassinato, crueldade contra crianças, homicídio involuntário e conduta imprudente. “Os réus a instruíram a vítima a seguir. Os réus observaram Imani experimentando os primeiros sinais de doença causada pelo calor durante os treinos ao ar livre, mas mesmo assim a orientaram a continuar realizando os exercícios de condicionamento com sua equipe e a subir os degraus do estádio", afirma parte do processo.
O relatório aponta ainda que os treinadores presentes no local deram água a Bell quando a viram ficar para trás durante os treinos. “Bell tentou correr com as meninas na última volta, mas não conseguiu e fez uma caminhada rápida. Um dos treinadores notou que ela estava cansada, então ele começou a caminhar na última volta com ela e a encorajou", apontou.
Vale ressaltar que uma regra da Associação do Ensino Médio da Geórgia proíbe treinos ao ar livre em temperaturas elevadas, assim como a constatada no dia da morte.