Assassinato, suicídio e doenças psicológicas: Saiba casos obscuros da NFL
A liga de futebol americano dos Estados Unidos guarda uma série de histórias não contadas
O confronto entre Tampa Bay Buccaneers e o Kansas City Chiefs no Super Bowl LV atraiu uma das maiores audiências já vistas na história da NFL . Porém, o que muitos não sabem, é que por trás do glamour há um mundo obscuro com casos pouco conhecidos.
O atleta Martellus Bennett , vencedor do troféu Lombardi , jogando pelo New England Patriots , em 2017, escreveu um tópico em seu Twitter onde denunciava o "abuso físico e psicológico que os jogadores teriam que passar para chegar a glória na NFL ".
"Psicologicamente, é uma merda muito perigosa. Para realmente jogar futebol, você tem que mexer na f **** da cabeça", denunciou o jogador na postagem.
O jogador denunciou o desgaste mental que os jogadores eram submetidos para serem vistos de forma deslumbrante e como grandes nomes dentro do futebol americano.
"Sua mente não funciona direito. Você vai à falência e começa a questionar se valeu a pena", desabafa.
Além de patologias psicológicas que muitas vezes são postas para de baixo do tapete, o esporte esconde casos muito mais pesados, envolvendo até atividades criminais.
Há jogadores, como Chad Wheeler , ofensivo do Seattle Seahawks , sendo acusado de violência doméstica, até mesmo outros, como Aaron Hernandez , com passagem no New England Patriots , sendo condenado por assassinato.
Hernandez foi condenado a prisão perpétua em 2013 por ter assassinado seu amigo Odin Lyod , namorado da irmã da sua própria mulher.
Uma das maiores estrelas da NFL na época, foi dispensado após sua acusação. Visto como o futuro do futebol americano no Pats e com uma presença em campo sempre notável, destruiu sua carreira após o crime.
A sexualidade do jogador teria sido o estopim que gerou o acontecimento. Lyod teria descoberto e o medo de que tal conhecimento de um ponto da vida pessoal do atleta fosse a público fez com que Hernandez assassinasse o amigo a tiros.
Em 2017, Aaron Hernandez , ex-estrela de um dos maiores times atuais da NFL , se suicidou dentro da sua cela.
Porém, esse não foi o único caso de assassinato dentro da competição. O mais chocante foi de OJ Simpsons , em 1994, 20 anos antes de Hernadez.
OJ era um dos maiores nomes da NFL na época, tendo um destaque na mídia significativo. O ex-jogador foi julgado pelo assassinato da sua ex-mulher, Nicole, e seu amigo Ron Goldman.
Devido a fama e a calamidade do crime, seu julgamento foi acompanhado de perto por milhares de pessoas, incluindo torcedores do esporte, sendo considerado o "julgamento do século".
Simpson foi declarado inocente em seu julgamento criminal, mas mais tarde foi considerado responsável por ambas as mortes em um caso civil.
Em 2007, ele foi acusado de sequestro e outras acusações criminais. Foi condenando a 33 anos de prisão, mas saiu depois de nove anos, em 2017, por bom comportamento.
Além de casos como de OJ e Hernandez, são vistos casos de suícidio com frequência dentro do esporte, passando por trás dos panos da glamourização de um dos esportes mais tradicionais americanos e pouco comentado dentro dos canais.
Em 2011, o segurança do Chicago Bears , Dave Duerson , se suicidou, deixando uma mensagem para sua família pedindo que seu cérebro passase por exames após sua morte.
Um ano depois, Junior Seau, 12 vezes linebacker do Pro Bowl , se suicidou com 43 anos. Seau foi nomeado para o time da década de 90 da NFL .
Em 2012, no mesmo ano, um linebacker do Kansas City Chiefs , Jovan Belcher, abalou o esporte com um caso que uniu um assassinato e um suicídio, ao mesmo tempo.
Belcher matou sua esposa que tinha somente 22 anos na frente da sua mãe, antes de se dirigir para a clínica do Chiefs , onde tirou sua vida.
Porém, uma semelhança que aproxima todos esses casos foi a constatação de sinais de encefalopatia traumática crônica (CTE) , que é causado por uma doença degenarativa no cérebro causada pela quantidade de choques e golpes na cabeça, muito presente dentro do esporte, podendo causar sintomas como agressão, perda de controle dos impulsos e talvez até comportamento suicida.
Com base nesses casos, uma demanda de estudos envolvendo o fenômeno foi averiguada. Em um estudo de 2017, descobriu-se que 99 por cento dos cérebros dos jogadores da NFL estudados tinham CTE. Porém, o diagnóstico só foi possível com base na autópsia de jogadores que já morreram.
Chris Borland e Joshua Perry foram um dos primeiros jogadores a se aposentarem do esporte por conta de lesões como essa.