Vila Olímpica do Rio 2016
Beth Santos/ PCRJ
Vila Olímpica do Rio 2016

O empresário Arthur Menezes Soares Filho, o " Rei Arthur " , confirmou o esquema de pagamento de propina para delegados africanos na escolha do Rio de Janeiro para sede dos  Jogos Olímpicos  de 2016.

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A revelação sobre o Rio 2016 faz parte dos termos de um acordo de colaboração premiada que está em andamento junto ao DOJ (Departamento de Justiça dos Estados Unidos). Foi a colaboração, inclusive, que salvou ele do risco de deportação para o Brasil, após ser detido na sexta-feira, em Miami.

De acordo com as investigações, Arthur Menezes usou a offshore Matlock Capital Group para transferir 2 milhões de dólares para a conta de Papa Diack, filho de Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo, a maior federação olímpica, de uma conta nos EUA.

Outros 10,4 milhões de dólares foram transferidos para Cabral via doleiro Renato Chebar, na conta do EVG Bank. Esta transação foi comprovada por documentos fornecidos pelas autoridades de Antigua e Barbuda, e pelo gestor do banco Enrico Machado, doleiro e colaborador da Calicute.

Rei Arthur é investigado no esquema de compra de votos na eleição do Rio para receber os Jogos Olímpicos de 2016.
Reprodução
Rei Arthur é investigado no esquema de compra de votos na eleição do Rio para receber os Jogos Olímpicos de 2016.

O depósito foi feito no dia 29 de setembro de 2009, em Dakar, no Senegal, três dias antes da escolha da capital carioca como sede das Olimpíadas , segundo a peça do MPF. Ele foi feito pela Matlock Capital Group, uma holding nas Ilhas Virgens, paraíso fiscal, que tem ligação com Arthur.

Dono do grupo Facility, Arthur Soares era um dos principais prestadores de serviços terceirizados no governo Sérgio Cabral, em áreas como limpeza, segurança, alimentação e saúde.

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Segundo investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio), a Facility participava de licitações fraudadas e depois repassava valores dos contratos, de forma ilícita, a autoridades do Legislativo e do Executivo fluminense. Os contratos do empresário com o governo do Rio chegaram a totalizar R$ 3 bilhões na gestão de Cabral.

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