Mulheres ganham espaço no maior crescimento da história do skate no Brasil
Atualmente no Brasil, cerca de 1,6 milhão de mulheres praticam o esporte, que será uma das modalidades olímpicas em Tóquio 2020
Por iG São Paulo |
Confirmado como nova modalidade a partir dos Jogos Olímpicos de 2020 , em Tóquio, o skate não para de crescer no Brasil. De acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Brasileira do esporte radical, o número de praticantes teve um salto de 100%, com maior representação nas regiões metropolitanas e no Sudeste do País.
Outro dado significativo é o aumento da participação de mulheres no skate . Em 2009, por exemplo, cerca de 10% dos praticantes eram do sexo feminino, agora, segundo os dados de 2015, são 19%, o que representa cerca de um 1,6 milhão de pessoas.
O notável crescimento da participação de mulheres no esporte proporcionou a expansão de empresas que lançaram linhas de vestuário e tênis que visam conforto, moda e praticidade, o que é importante no esporte. Este mercado já gera mais de R$ 1 bilhão no Brasil e, segundo a GIA (Global Industry Analysts), deve movimentar 19,6 bilhões de dólares no mundo nos próximos cinco anos.
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A prática no Brasil
A classe C da população tem representação significativa no esporte, com 48%, enquanto as classes A e B somadas têm 44%. As pessoas com maior poder aquisitivo ainda possuem uma grande parcela do setor porque muitos produtos são importados, encarecendo a prática do esporte. As classes D e E juntas significam 7%.
Porém, com a retomada da economia brasileira, esta diferença de classes deve diminuir ainda mais. A população economicamente ativa e assalariada representa maioria no número de skatistas, 65%, o que possibilita um maior poder de compra. Os 35% restantes, que não exercem nenhuma atividade remunerada, são predominantemente estudantes e aposentados.
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Apesar de ser um setor milionário, conhecido no mundo todo e com forte potencial, o skate sofreu por muitos anos com o preconceito. Mas esta visão retrógrada já tem data para ser desmitificada e exterminada de vez, já que a partir de 2020, o esporte torna-se olímpico, atraindo mais visibilidade e oportunidade para os atletas profissionais. Isto gera aumento no número de praticantes e também revela a importância do esporte e seu papel na inclusão social.