WSOP, a obsessão dos amantes do poker
Com a explosão do jogo, era natural que mais adeptos viessem de todo mundo em busca de consagração e dos prêmios que o evento oferece
Por iG São Paulo |
A WSOP, World Series of Poker, é o evento relacionado ao jogo de cartas mais importante do mundo. Assim como a taça da Copa do Mundo para os atletas do futebol ou a medalha de ouro Jogos Olímpicos para os demais esportistas, o bracelete entregue a todos os campeões dos 69 eventos da série, é a obsessão dos amantes das fichas e cartas.
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O número de jogadores brasileiros que vai a Las Vegas para o WSOP cresce anualmente. O primeiro ano que registrou a presença de um jogador brasileiro na faixa de premiação foi 2000, quando o carioca Armando Balbi terminou em 16º no Evento 11, US$3.000 de inscrição e que rendeu a ele um prêmio de US$5.340.
O Poker ainda não tinha experimentado a sua popularização, que veio em 2003 com Chris Moneymaker, e mesmo os jogadores americanos não iam em grande número aos eventos da série. Com a explosão do jogo, era natural que mais adeptos viessem de todos os cantos do mundo buscar a consagração e os grandes prêmios que o evento oferece. No Brasil não foi diferente.
Aqui no Brasil
O primeiro campeão Brasileiro de um evento da WSOP foi o paranaense Alexandre Gomes, que conquistou o título no evento 48, na modalidade No Limit Hold’Em com US$2.000 de inscrição, e que lhe rendeu US$770.540 e o bracelete como prêmios. Pela primeira vez em Las Vegas, o Brasil colocou a sua bandeira no lugar mais alto do pódio. Foi ali também que os americanos conheceram a espetacular e barulhenta torcida Brasileira. No torneio conquistado por Gomes, que na época ainda não se dedicava profissionalmente ao poker (exercia a advocacia), entraram 2.317 jogadores.
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André Akkari é o jogador de poker mais conhecido do Brasil. Começou a sua carreira profissional em 2005 na cidade de São Paulo, onde nasceu. Oriundo da Zona Leste e corintiano fanático, Akkari chegou ao tão sonhado bracelete no ano de 2011, ao bater o norte-americano Nachman Berlin no heads-up (mano a mano) do evento 41, No Limit Hold'Em US$1.500. Pelo primeiro lugar de 2.857 jogadores, André adicionou US$675.114 à sua conta. Novamente a torcida Brasileira protagonizou um grande espetáculo, incentivando e cantando nos intervalos de mãos e invadindo o espaço reservado à mesa para comemorar o título junto com André.
Este blogueiro que vos escreve tinha uma garrafa de champagne nas mãos. O estourou e viu quando o nosso campeão abaixou e a nobre bebida pegou na cara do segurança, que acabou por tirar este escriba da festa.
Mais quatro anos se passaram para que tivéssemos um novo campeão na WSOP. Thiago Nishijima, o Decano, natural de São Paulo, também da Zona Leste, assim como Akkari, mas radicado em Santa Catarina, passou por cima de seus oponentes na mesa final do evento 38, mais um No-Limit Hold’Em e dessa vez com US$3.000 de buy-in, para se consagrar campeão, em cima do Grego Sotirios Koutoupas, e somar US$546.843 aos seus lucros na vitoriosa carreira. Decano, um ex-funcionário do Banco do Brasil, já havia chegado a duas mesas finais na série (2010 e 2012), mas sem conseguir o título.
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Evento Principal
No Main Event do WSOP ainda não temos títulos, o Brasileiro que mais chegou perto foi o santista Bruno Foster. Radicado em Fortaleza (CE), Foster chegou ao November Nine (Mesa Final do evento e que é jogada apenas no mês de Novembro, meses depois do fim da série) em 2014. Foi uma mobilização incrível, mais de uma centena de Brasileiros foram torcer para Bruno, que acabou terminando na oitava colocação e embolsou US$949.077. O sonho de fincar a bandeira Brasileira no principal evento da World Series of Poker ainda continua por ser realizado. Candidatos não faltam.
*Victor Marques, o Vitão, é ex-jogador profissional de poker, narrador, repórter e blogueiro do Superpoker e do Bandsports