Ídolo histórico do Internacional, o treinador Abel Braga cumpriu o seu objetivo nesta reta final do Campronato Brasileiro . Com a vitória de 3 a 1 sobre o RB Bragantino na tarde deste domingo (7), no Beira-Rio, conseguiu garantir a permanência do clube na Série A . Para evitar a queda, o comandante interrompeu aposentadoria para comandar a equipe nas duas últimas rodadas.
Após o apito final do árbitro, que exorcisou de vez o fantasma do rebaixamento, o treinador não conteve a emoção. Foi comemorar o, provável, último capítulo à beira do campo da vida com a torcida. Ele revelou que não esperava retornar a função, mas garantiu que valeu o esforço. Ainda afirmou que este foi seu maior feito na longa trajetória no Colorado:
“Fica um legado de que não podemos admitir que o Internacional viverá um momento como esse [brigar para não ser rebaixado]. Para mim, ele foi mais importante que o Mundial [conquistado em 2006]. O Inter não era favorito de nada. Se fossemos vice-campeões ficaríamos contentes. Mas hoje, eu sei a dor, sei o que o colorado estava sentindo. Eu via pessoas que estavam ao meu redor tendo pessoas na família ameaçadas. Isso me dava mais condição de querer buscar superar a mim próprio.”
Mérito compartilhado
Abel não colocou toda responsabilidade da missão cumprida sobre as próprias costas. Também fez questão de enfatizar que a permanência na primeira divisão do Brasileiro também se deve ao treinador Ramón Díaz . O argentino esteve à frente do Inter por dois meses neste ano. No período, foram três vitórias, cinco empates e cinco derrotas (35% de aproveitamento).
“Quero que fique claro que este momento que nós estamos vivendo tem muito a ver com a família Díaz. Botei do meu jeito, mas é praticamente o time que vinha jogando com ele”, concluiu o técnico.
Com a vitória salvadora na rodada final, o Internacional fechou o a competição na berlinda da zona de rebaixamento — no 16º lugar da classificação. Foram 44 pontos ganhos na campanha, um a mais que o Ceará, o primeiro time do Z-4.