
A briga generalizada entre as equipes de Acelino " Popó " Freitas, 50 anos, e Wanderlei Silva, 49 anos, após o Spaten Fight Night, em São Paulo, no último sábado, gerou uma guerra de versões sobre quem foi o responsável pela confusão. Na luta de boxe, Wanderlei — que é lutador de MMA — foi desclassificado no quarto round após a terceira cabeçada em Popó, que quebrou o nariz e levou sete pontos no olho.
Lutadores foram hospitalizados
A pancadaria que se seguiu deixou o próprio Wanderlei desacordado após ser nocauteado por um soco do filho de Popó, Rafael Freitas. No domingo (28), já em Curitiba, o ex-campeão do UFC afirmou ter fraturado o nariz e recebido sete pontos no olho . Na manhã desta segunda-feira (29), ele gravou um vídeo em que disse não conseguir dormir com fortes dores de cabeça e que precisará voltar ao hospital para exames complementares.
Do outro lado, Popó gravou um vídeo na madrugada desta segunda-feira (29) internado dentro de um hospital em Salvador. O tetracampeão mundial de boxe afirmou que passará por uma cirurgia e que está em obervação.
O que aconteceu
Ao fim da luta que teve vitória de Popó por desclassificação do "Cachorro Louco", como é conhecido Wanderlei, as duas equipes subiram ao ringue e se hostilizaram. Em maior número, a equipe de Popó gritava e gesticulava em direção ao corner adversário, em que estava o também ex-campeão do UFC Fabrício Werdum . Dos gritos de lado a lado, vieram as primeiras agressões por parte dos integrantes das equipes.
A sequência de socos que André Dida, técnico de Wanderlei e também ex-lutador de MMA, agrediu Popó com uma sequência de socos. Naquele momento, Wanderlei ainda estava de pé e envolvido na confusão. O pugilista baiano chegou a perder o protetor bucal neste momento.
Na sequência, aconteceu o episódio que marcou a briga generalizada. Filho de Popó, Rafael Freitas não fazia parte do corner do pai. Ele invadiu o ringue e primeiro tentou golpear Wanderlei por trás. Depois, frente a frente com o lutador, desferiu o soco que o derrubou.
GUERRA DE NARRATIVAS
Equipe de Wanderlei Silva
Wanderlei: culpa provocação
"Todo mundo viu quem começou. A luta já havia sido encerrada pelo juiz e a equipe do meu oponente entrou dentro do ringue provocando, dando dedo e vindo para cima da minha equipe. Quem começou foram eles", afirmou ao Fantástico.
André Dida, técnico de Wanderlei: assume erro, mas justifica reação
"O time do Popó... já rolando a agressão, já rolou a situação. E eu vendo meus parceiros de treino ali. Quando eu vi ele no chão, aquilo me cegou. Hoje, uma reação errada em que todo mundo está errado", disse logo após à confusão à equipe do Combate.
Cláudio Dalledone, advogado de Wanderlei
"Popó prometeu antes que todo mundo ia apanhar e cumpriu. Por intermédio de sua equipe covarde e traiçoeiramente nocautearam Wanderlei Silva criminosamente."
"Aquele que agrediu por trás traçoeiramente um homem de 50 anos que tinha lutado e estava de guarda baixa vai ser punido criminalmente. Não há menor sombra de dúvidas, uma lesão de natureza grave. Ela está evoluindo e pode virar gravíssima. E podemos até entender que ele (Rafael Freitas, filho de Popó e que não é lutador profissional) batendo criminalmente e sendo profissional de boxe... estamos falando de dolo eventual, de tentativa de homicídio."
Equipe de Popó
Popó: nega provocação e culpa adversários
"A nossa equipe, o meu irmão e meu treinador, Luis Cláudio e Iago, apontou para a equipe deles falando que o que ele fez foi errado. Aí veio a ação deles dois (o técnico André Dida e Fabrício Werdum) por causa dessa reação."
"Eu culpo a equipe deles que entrou me agredindo. O (André) Dida me deu socos, me machucou muito."
Rafael Freitas, filho de Popó: justifica soco
"Nunca lutei boxe nem profissional e nem amador. Naquela hora do calor do momento, de você se defender e defender a sua família. Era gente para todos os lados brigando. Me desculpe, mas o que está na frente você vai fazer alguma coisa (para defender a família)", declarou ao Fantástico.