Troca de assessoria de imprensa e demissão do vice de futebol Alcides Antunes não agradaram o treinador
“Tomei esta decisão há alguns dias, mas, devido ao clássico, achei correto esperar o jogo. Quando cheguei ao clube, foram prometidas duas condições: uma equipe para ser campeã e a melhoria na estrutura física do clube. A primeira foi conquistada com o título do Campeonato Brasileiro de 2010, e a segunda, a melhoria na estrutura, não foi realizada”, afirmou o treinador.
Mas apesar de sempre ter cobrado uma estrutura mais profissional e moderna de trabalho, Muricy Ramalho teria feito apenas uma exigência após a conquista do Campeonato Brasileiro para cumprir seu contrato já apalavrado com o Fluminense por três anos: a manutenção de todos os profissionais do departamento de futebol, o que acabou não sendo cumprido pela nova diretoria com a troca da assessoria de imprensa.
A partir daí, como o treinador disse em todas as entrevistas concedidas nesta segunda-feira, a sintonia que existia entre todos foi quebrada e o receio de que as mudanças atingirem outros setores do futebol deixou o clima mais pesado.
“Eu respeito as estratégias de todos os clubes que trabalho. Cada um cuida do seu setor e eu do meu. No meu time ninguém se mete, não tem acordo. Isso eu não admito mesmo. É claro que fiquei triste com a saída do Alcides porque ele é meu amigo, mas isso é uma decisão do presidente, eu não mando no clube. Eu sou um cara simples, sem manias. Eu valorizo os funcionários. Claro que fiquei triste com alguns que saíram e essas mudanças desestabilizaram um pouco o clima, porque as pessoas ficavam com a impressão de que poderiam ser os próximos. Vazaram algumas informações mentirosas e isso me aborreceu demais”, disse.