Foi realizado nesta terça-feira (29) uma reunião entre Botafogo, Peñarol, Conmebol e autoridades públicas do Uruguai para analisar a questão envolvendo o público na partida de volta entre os clubes pela Libertadores.
Segundo o jornal “O Globo”, não houve acordo entre as partes, pois o Ministério do Interior do Uruguai não aprova a presença de torcedores do Botafogo. Dessa forma, a Conmebol deve anunciar nas próximas horas a decisão, que deve partir por dois cenários: portões fechados ou outra sede.
A diretoria do Botafogo exige que o regulamento seja cumprido. O clube carioca ganhou apoio da CBF, que enviou um ofício dizendo que proibir torcedores do Fogão no jogo da volta “fere o respeito ao equilíbrio esportivo, além da reciprocidade e regras estabelecidas no começo da competição”.
O Peñarol, por sua vez, adotou o critério que segue o que os governantes uruguaios exigirem, ou seja, está de acordo com jogador sem torcedores do Botafogo e não propôs nenhuma solução para segurança pública.
Entenda o contexto
Antes da partida entre de ida entre Botafogo e Peñarol, no dia 23 de outubro, torcedores do Peñarol transformaram a cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra. Segundo informações da Polícia Militar, tudo começou quando um uruguaio roubou um aparelho celular em um comércio. Após isso, um grupo de torcedores do Peñarol praticaram vandalismo por toda orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Com isso, Nicolas Martinez, atual Ministro do Interior do Uruguai, divulgou que a presença de torcedores do Botafogo no estádio Estádio Campeón del Siglo estava proibida, pois não há segurança garantida. A decisão aconteceu após o pedido de Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF).
O Botafogo venceu o jogo de ida por 5 a 0. Com a goelada, vai ao Estádio Campeón del Siglo, no próximo dia 30, às 21h30, podendo perder de até quatro gols de diferença para se classificar. Já o time aurinegro precisa de um milagre: vencer por cinco gols de vantagem para forçar a disputa de pênaltis, e se classifica apenas com seis gols ou mais de diferença.