Apaixonada por futebol e pelo Seongnam FC (KOR), a jovem Si Young, de apenas 11 anos, enfrenta seu primeiro e maior desafio da vida. Recentemente, a torcedora fanática desde os 5 anos foi diagnosticada com câncer. Ao saber disto, uma rede de apoio que envolveu os jogadores Andrigo, Cesinha e outros atletas brasileiros que atuam no país, o Seongnam FC e a página “@kleaguebrazil”, no Instagram, iniciaram uma campanha que já rendeu ótimos frutos.
- Como eu construí boa parte da minha carreia aqui na Coreia e poucas vezes vimos uma arrecadação de fundos, então quando achamos um jeito de ajudar, eu e minha esposa não pensamos duas vezes. A Si Young é uma torcedora que ama, torce e vibra no estádio. Então como jogador eu me vi na obrigação de ajudar e fazer algo a mais por ela e sua família. Tenho certeza que esse apoio será muito importante e especial a ela nesse momento de recuperação. Deus está com ela e vai conseguir ser curada e aproveitar a vida, pois ela é só uma criança - diz Cesinha.
- Quando a gente soube do caso, rapidamente nos mobilizamos para que a ajuda necessária chegasse até ela. Foi uma forma de ajudarmos a família nesta batalha, além de retribuir ao povo coreano todo carinho oferecido a nós brasileiros. Estamos em oração para que ela vença essa batalha - afirma Andrigo, jogador do FC Anyang, que também surpreendeu vários torcedores ao deixar uma mensagem de apoio na língua coreana para a pequena torcedora.
O mutirão feito pelos atletas arrecadou cerca de R$20 mil para ajudar a garotinha em sua luta contra a doença, além de um valor não divulgado pelo clube, originado da venda de camisetas. Seu time de coração ajudou revertendo o valor da venda de camisas à Si Young.
Além de Andrigo, a lista de brasileiros que ajudaram contou com: Cesinha, Edgar, Serrato, Daniel Penha (Daegu FC), Willyam (FC Seoul), Zeca, Oberdan (Pohang), Leandro e Orobó (Daejeon), Ronan (Seoul Eland), Bruno Lamas (Busan), Andre Luiz (Jeonbuk), Paulinho (Cheongju), Gleyson (Gyeongnam FC).
A ação na Coreia do Sul teve uma grande repercussão na imprensa local e na população, já que o país é conhecido por ter uma relação "mais fria" por não fazer campanhas de arrecadações entre eles. Como a mobilização partiu de brasileiros, a cultura brasileira que é mais "quente", mais próxima, mais carinhosa, teve um impacto considerável no país asiático.