O jogador Daniel Alves deixou pela primeira vez a prisão, nessa segunda-feira, após três meses encarcerado. A sua libertação se deveu ao fato de voltar a testemunhar perante a juíza de instrução Concepción Cantón, a pedido da sua defesa.
Após um atraso de duas horas, já que o brasileiro enfrentou problemas com o deslocamento de Brians 2 para o tribunal , a audiência foi finalmente realizada.
Nela, estavam presentes seus advogados, o especialista em direito penal Cristóbal Martell e Arnau Xumetra, além da advogada da vítima, Ester García, e a promotora Elisabeth Jiménez.
Martell abriu o interrogatório do brasileiro tentando reverter a confusão de versões dadas até agora pelo jogador. Segundo o La Vanguardia, Daniel Alves, como era esperado, declarou que a relação sexual que teve com a jovem naquela noite foi consentida e houve interesse mútuo e grande atração sexual desde o início.
Ele também insistiu que é um homem respeitoso com as mulheres e que não ousa ir mais longe se não perceber a clara disposição da outra pessoa. Além disso, justificou as diferentes versões que deu do caso até agora dizendo que o fez para evitar prejuízos junto a sua agora ex-esposa, Joana Sanz.
Para dar suporte a esta versão, a defesa extraiu imagens das câmeras do local do ocorrido. Segundo Martell, que tenta livrá-lo de uma pena de prisão no julgamento que pode ir de oito a nove anos, as gravações mostrariam a jovem entrando no banheiro privativo atrás do jogador e voluntariamente.
Da mesma forma, para a defesa de Alves, o clima entre o jogador, seu amigo e a vítima foi descontraído antes dos fatos ocorridos e após a suposta agressão. Segundo a defesa, a relação que se vê nas câmaras “está longe do contexto e cenário de intimidação ambiental” necessária para “dobrar a capacidade da vítima”.
Agora, a defesa do jogador aproveitará para pedir novamente esta semana a sua liberdade provisória, após ver a primeira solicitação, no dia 21 de fevereiro, ser negado.
Ao final do depoimento, Daniel Alves foi levado novamente para a prisão.