Condenado em primeira instância a quatro anos de prisão por abuso sexual , o atacante do Santi Mina, com passagens pelo Celta de Vigo e Valência, foi intimado pelo Tribunal Provincial de Almería, que tomará uma decisão nessa quinta-feira se ele será preso imediatamente ou será aguardado todos os recursos.
O pedido partiu do advogado da vítima, Iván Bolaño, que explicou à EFE que o pedido de prisão não havia sido solicitado até esse momento, porém, a posição da defesa mudou quando se soube que o jogador atuará na próxima temporada no Al Shabab, da Arábia Saudita.
"Você não só sai do país quatro meses depois da condenação, mas vai para um país em que os direitos das mulheres são altamente vilipendiados e praticamente inexistentes, e que não tem acordo de extradição com a Espanha", justificou o advogado.
Nesse sentido, Bolaño salientou que Mina já tinha rejeitado propostas de outros clubes da Espanha e também de países como a Grécia, em que também "aumentaria o risco de fuga", embora não na mesma medida.
O advogado considera a atitude do jogador um "sinal alarmante do que pode acontecer no futuro" e afirma que se a condenação for ratificada, a Espanha não teria "a menor forma de exigir o retorno de Santi Mina para que ele seja preso".
Apesar do pedido de prisão, o advogado acrescentou que o tribunal também pode optar por medidas "menos onerosas", como a retirada do passaporte de Mina, que o impediria de deixar o país.
Vale lembrar que o tribunal presidido pela juíza Társila Martínez absolveu Mina do crime de agressão sexual pelo qual o promotor pedia oito anos de prisão. Porém, o condenou a quatro anos de prisão por um crime de abuso sexual, além de uma ordem de restrição de 500 metros em relação à vítima por 12 anos e o pagamento de uma indemnização de 50 mil euros.
O caso ocorreu em 18 de junho de 2017, quando Santi Mina aproveitou o fato de seu amigo David Goldar ter ido com uma mulher a um carro que havia estacionado perto de uma boate em Mojácar (Almería) para entrar no veículo e abusar sexualmente dela.
David Goldar foi absolvido do crime de agressão sexual.