O ex-lateral Philipp Lahm (veja fotos na galeria abaixo), ídolo do futebol alemão, afirmou que não viajará ao Catar para acompanhar a Copa do Mundo , que acontecerá entre novembro e dezembro deste ano. Ele citou as infrações aos direitos humanos cometidas no país como motivo para o boicote pessoal.
— Não sou parte da delegação e não estou entusiasmado em viajar como torcedor. Prefiro acompanhar o torneio de casa — disse à revista Kicker. — Direitos humanos deveriam ter um peso importante na hora de decidir as sedes das competições. Se um país vai tão mal nessa área, você começa a se perguntar quais foram os critérios que orientaram a decisão.
Lahm, que hoje trabalha como diretor da Eurocopa de 2024, a ser realizada na Alemanha, tem sido uma voz crítica ao megaevento no Catar, um país com histórico grave de agressões aos direitos da mulher, da comunidade LGBTQIA+ e de outros grupos. Durante as obras de construção de estádios para o Mundial, houve ainda vários casos de mortes relacionadas a jornadas desumanas de trabalho.
O ex-lateral, campeão do Mundo em 2014, também citou aspectos como sustentabilidade e tamanho do país para questionar a escolha da Fifa e de seus membros. E incentivou que os atletas manifestem suas opiniões a respeito desses assuntos durante a competição, cuja estreia será em 21 de novembro:
— Como jogador, você não pode mais ignorar essas coisas.