Inquérito "culpa" o Manchester City por suicídio de jogador

Clube não teria dado o apoio necessário para evitar a tragédia

Foto: Instagram
Jeremy Wisten

Em um inquérito aberto na Corte de Manchester, na Inglaterra, o pai do ex-jogador das categorias de base do Manchester City, que cometeu suicídio no ano passado, disse que o jovem se sentia decepcionado com o clube.

Jeremy Wisten, de 18 anos, foi encontrado morto em casa em outubro do ano passado meses após ser dispensado pelos ingleses. As informações são do site The Athletic.

Wisten fazia parte da base do clube desde 2016 e atuava como zagueiro. Em janeiro de 2018, ele rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. No fim daquele ano, foi informado que o contrato não seria renovado depois de junho de 2019.

A partir daí, o City disse ao jovem para encontrar um novo clube. No inquérito, o pai do garoto, Manila, sugeriu que a diretoria não ajudou o jovem de maneira adequada a continuar a carreira dele.

"Ele, pessoalmente, não acreditava que estava recebendo o apoio necessário do Manchester City para encontrar um novo clube", disse o pai no inquérito.

Manila também informou que o City garantiu a seu filho que arranjaria jogos para outros clubes irem vê-lo em ação. Os testes foram combinados com o Bolton Wanderers e o Cardiff City, mas Jeremy estava tão insatisfeito com a ajuda do clube que pediu aos pais para encontrar um agente.

"Deveria ter sido o City a fazer mais. Eu sei que eles fizeram mais pelos outros". O agente foi em frente para identificar os clubes, não por meio do City, mas em um processo paralelo".

O diretor da academia do City, Jason Wilcox, disse na audiência que o City se orgulha do "processo de saída" e do cuidado com a saúde mental dos jogadores.

"Pelo que sei, Jeremy recebeu nove ofertas de testes (em outros clubes)”, disse o ex-jogador da seleção inglesa.

Wilcox acrescentou que o City realizou uma revisão provisória do processo de liberação de jogadores:

"Desde a morte de Jeremy, seria extremamente negligente não revisar nossos processos e tentar melhorar sempre que possível. Em geral, melhoramos os processos".

O inquérito também confirmou suicídio como a causa da morte.