O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, falou com integrantes do governo do Paraguai nesta segunda-feira para se informar sobre a situação de Ronaldinho Gaúcho . Ele e o irmão, Roberto Assis, estão presos em Assunção desde sexta-feira. A dupla foi acusada de utilizar documentos falsos para entrar no país.

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Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis chegaram algemados para depoimento
Reprodução/ Twitter
Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis chegaram algemados para depoimento


Segundo informações do globoespote.com e da assessoria do ministro, Moro tem acompanhado o caso e telefonou para as autoridades paraguaias para obter mais informações. Segundo ele, "o Paraguai é soberano para tomar decisões".

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A defesa de Ronaldinho e Assis entrou com um pedido de prisão domiciliar na manhã desta segunda-feira, e o recurso deve ser respondido em até 48 horas. Os advogados esperam tirar a dupla da penitenciária Agrupación Especializada da Polícia Nacional e transferi-los para uma residência em Assunção, onde permaneceriam detidos. Caso o pedido seja aceito, a defesa focaria em tentar o retorno deles ao Brasil.

Defesa de empresária diz que irmãos pediram os passaportes

O empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira acusou Dalia López, responsável por levar Ronaldinho ao Paraguai, de fornecer os passaportes ao ex-jogador e seu irmão. Dalia teve o pedido de prisão decretado no sábado, mas ainda não se apresentou à polícia paraguaia.

A defesa da empresária afirmou nesta segunda-feira que Ronaldinho e o irmão pediram os passaportes "com a finalidade de fazer negócios no Paraguai".

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Os brasileiros, que afirmaram ter recebido os passaportes como um presente, foram convidados por Dalia para participar de eventos beneficientes no país.

Ainda nesta manhã, a esposa de Wilmondes entregou à Justiça mensagens trocadas por celular que entregam Dalia. De acordo com o jornal "ABC Color", do Paraguai, a brasileira Paola Oliveira repassou os textos e fotos de WhatsApp que trocou com a empresária, que mostravam que a paraguaia comemorava sua influência junto às autoridades locais que confeccionam os passaportes e cédulas de identidade.

Nas mensagens de texto e áudio, Dália informou à Paola sobre o andamento dos procedimentos para gerenciar os documentos falsificados do ex-jogador, de Assis e também do marido da testemunha, Wilmondes Lira. O telefone celular está em poder do Ministério Público Paraguaio como prova.

"Bom dia, tia. Conversei com o senhor (não cita o nome da pessoa) e ele disse que amanhã, às 10h, ele entra em seu trabalho e lá ele me dará as coordenadas para retirar (os documentos). Ele me disse que será entre o 12h e 14h. Ele vai me entregar os documentos completos, o novo documento de identidade do Sr. Lira, os três passaportes e o documento de identidade do irmão de nossa estrela do futebol", afirmou Dália nas mensagens publicadas pelo diário.

Esse áudio desmente as declarações do defensor de Dalia López, Álvaro Arias, que afirmou sua cliente não tinha conhecimento e não participou do procedimento de obtenção de passaportes e carteiras de identidade paraguaias.

Empresária foragida

Todos os três documentos foram obtidos ilegalmente, sem os requisitos que são pedidos a qualquer cidadão paraguaio, entre eles, os de comparecer presencialmente no órgão emissor e apresentar uma documentação específica. As revelações complicam ainda mais a situação de Dalia López, que já tem pedido de prisão decretado.

A empresária havia dito por meio de seus advogados que se entregaria nesta segunda-feira, mas ainda não foi encontrada. A defesa afirma que ela está em Assunção, e nega que esteja foragida.

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Além do caso dos dois brasileiros, ela é investigada por lavagem de dinheiro de suas empresas e da Fundação Fraternidad Angelical, que levou Ronaldinho Gaúcho para uma visita promocional em Assunção, e que é representada pela empresária Dalia. A instituição não está registrada na Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro ou Propriedade (Seprelad) do país.

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