Ronaldo conta que Barça não o valorizou e cita desafios como dono do Valladolid

Fenômeno também exaltou a grandeza do Real Madrid e disse seguir os ensinamentos de Florentino Pérez

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Ronaldo Fenômeno

A história de Ronaldo Luís Nazário de Lima foi, sem dúvidas, uma das mais fantásticas do futebol. E ela esteve intimamente ligada ao Campeonato Espanhol em diversas ocasiões.

Eleito três vezes o melhor jogador do mundo (1996, 1997 e 2002), sempre quando esteve atuando em solo espanhol, o " Fenômeno " vestiu as camisas de Barcelona e Real Madrid, e desde 2018 é o dono do Real Valladolid .

Em entrevista concedida à LaLiga, o eterno camisa 9 da seleção brasileira comentou um pouco sobre isso, explicando sua saída do time catalão, a chegada aos galácticos merengues e os atuais desafios com o blanquivioletas.

Ronaldo tinha grande prestígio no Barcelona . Depois de chegar ao clube blaugrana, à época como a maior transação da história do futebol, o atacante fez valer o investimento, conquistando nada menos que três taças em uma mesma temporada: Copa do Rei, Supercopa da Espanha e Recopa da Europa.

Foto: Arquivo iG
Ronaldo no Barcelona

Só que mesmo jogando o fino da bola, chegando à seleção brasileira e sendo eleito por duas vezes o melhor jogador do mundo, o artilheiro não permaneceu na Catalunha.

"Isso nunca esteve em minhas mãos. Eu queria ficar, mas o clube não me valorizou como eu achava que deveria. Já havia assinado uma renovação de contrato ao final da temporada. Foi quando eu fui ao Brasil e, cinco dias depois, eles me ligaram para dizer que a renovação estava cancelada", disse.

Depois disso, Ronaldo passou pela Internazionale de Milão, na Itália, e foi fundamental para a conquista do pentacampeonato mundial da seleção brasileira, antes de acertar seu retorno à LaLiga. Mas, para jogar no Real Madrid .

Foto: Arquivo iG
Ronaldo no Real Madrid

"Joguei com Roberto Carlos na seleção, e ele sempre falava comigo sobre o que significava jogar no Real. Isso realmente ficou comigo. E alguns anos depois, decidi que queria ver isso com meus próprios olhos".

Pelos merengues, Ronaldo também conquistou três taças - Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha e o Mundial de Clubes -, e voltou a ser eleito o melhor jogador do mundo, permanecendo na equipe até o início de 2007. "Aqui, descobri que o Real era um clube muito maior do que aquilo que o Roberto Carlos me disse, e também do que eu imaginava".

Sua terceira passagem pela Espanha se deu apenas quando já estava aposentado dos campos, agora como dono do Real Valladolid. Onde, desde 2018, coloca em prática tudo que aprendeu com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid durante a era Galáctica da equipe.

"As expectativas eram enormes, e nós tínhamos muito talento. Éramos uma geração vencedora, que mudou a maneira de fazer negócios no futebol".

E é com esse pensamento, que Ronaldo pretende mudar o patamar da nova equipe. "Aqui no Valladolid, temos de pensar em ser primeiro um clube nacional, não regional. Para, depois, virar internacional. Eu aprendi muito com o Florentino, e tento aplicar as ideias dele aqui. Elas são inovadoras até hoje", finalizou.