FA já anunciou que vai se abster do pleito desta quarta, que terá Joseph Blatter como candidato único
A FA (Associação de Futebol da Inglaterra) pediu o adiamento das eleições presidenciais da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados). O presidente da entidade, David Bernstein, divulgou comunicado requisitando mais transparência e o apoio das outras federações nacionais. O pleito está marcado para quarta-feira.

"Em 19 de maio, a Associação de Futebol anunciou sua abstenção nas eleições presidenciais por duas razões principais: primeiro, uma preocupação com as alegações relacionadas a membros do comitê executivo fez com que fosse difícil apoiar qualquer um dos candidatos. Segundo, a preocupação com uma falta de transparência e prestação de contas", explicou o comunicado. Patrocinadores da Fifa também reclamaram muito dos casos de corrupção .
"Os eventos dos últimos dias reforçaram nossa visão e nós pedimos às outras associações nacionais que nos apoiem em duas iniciativas: primeiro, adiar a eleição e dar credibilidade ao processo, para que qualquer candidato possa ter oportunidade. Segundo, apontar um grupo independente, genuíno e externo para passar recomendações em relação ao comando, procedimentos e estruturas do processo de decisão da Fifa", acrescentou. A Federação Escocesa já anunciou seu apoio à Inglaterra.
Nas últimas semanas, diversos casos de corrupção foram revelados. O ex-presidente da FA, David Triesman, acusou o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, e outros três dirigentes de pedirem propina para apoiar a candidatura da Inglaterra à Copa do Mundo de 2018, que será realizada na Rússia. O caso não foi investigado.
Em seguida, Bin Hamman foi acusado de pagar US$ 40 mil a dirigentes da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) em troca de votos. Antes de ser suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol pelo Comitê de Ética, o catariano retirou sua candidatura. Blatter também sofreu investigação, mas foi inocentado .
"Essa foi uma semana muito danosa à reputação da Fifa e ao futebol. Para aumentar a confiança em relação ao jeito como o jogo é comandado, acreditamos que nossas requisições seriam um passo à frente e o mínimo a ser feito", encerrou a Associação de Futebol da Inglaterra.
*com agências