Aos 19 anos, Gabriel Griner nasceu no Rio de Janeiro, mas está em Israel desde criança. Porém, ainda torce pelo Brasil

Gabriel é brasileiro, mas se mudou para a Israel com apenas três anos de idade. Mesmo assim, no caso de um duelo entre o país que defende e o Brasil, ele admite que prefere um jogo com muitos gols, mas que termine empatado. E, apesar de considerar bastante improvável, ele diz que trocaria a seleção israelense pela brasileira no futuro.
O brasileiro atualmente serve às forças armadas do país, mais precisamente a marinha. Mas nem por isso deixa de fazer o que mais sabe, que é brilhar nos campos de futebol.
Antigamente, quando o jovem israelense completava 18 anos e ia para o serviço militar obrigatório, a carreira de atleta era "abandonada" por 3 anos, no mínimo. Hoje, a filosofia é bem diferente, já que o serviço militar é mais "brando" com os jovens que estão nas seleções e equipes nacionais. Os jogadores podem ir a todos os treinos, viajar e concentrar, coisas que eram impossíveis há alguns anos. Até por isso, as seleções não tinham atletas dos 18 aos 21 anos.
Em entrevista exclusiva ao iG , o jogador do Maccabi Haifa, que joga tanto no meio-campo quanto na defesa, falou como foi parar no país do Oriente Médio - mas que atua em competições europeias. "Fui escolhido num grupo de 2000 jogadores", contou.
Veja abaixo, na íntegra, como foi o rápido bate-papo com Gabriel :
Gabriel: Aqui, como em todos os países, tem scouts da federação de futebol que fazem um acompanhamento dos jogadores. Fomos escolhidos num grupo de 2000 jogadores. A seleção foi configurada há quatro anos atrás. A Seleção em que estou jogando hoje é consequência de uma escolha feita há quatro anos atrás.
iG: Qual seu clube atual?
Gabriel: Jogo no Maccabi Haifa
iG: Já jogou em algum time aqui no Brasil?
Gabriel: Não, estive durante umas férias no Brasil, há quatro anos atrás e participei de numa colônia de férias de futebol no Flamengo.
iG: Se jogar Brasil x Israel no mês que vem, por exemplo, você torce para quem?
Gabriel: Gostaria de assistir a um jogo com muito gols e que acabasse empatado
iG: No futuro, se pudesse optar em jogar pela seleção brasileira, você trocaria?
Gabriel: Se pudesse, o que acho improvável, pois já tenho jogos oficiais com a seleção israelense, trocaria sim.
iG: Como o povo israelense recebeu a notícia de que você jogaria na seleção de base do país?
Gabriel: Poucos sabem que eu sou brasileiro, para a maioria eu sou um israelense atípico.
iG: E seus parentes? Aceitaram numa boa?
Gabriel: Claro que aceitaram, não é fácil chegar a uma seleção em qualquer lugar do mundo. Ficaram contentes e como meu pai costuma dizer eles torcem em especial pelo "GABRIEL F.C."
iG: Você vive com quem em Israel?
Gabriel: Vivo com minha familia
iG: Torce para algum time no Brasil?
Gabriel: Migrei com apenas três anos, não tive tempo de me apaixonar por nenhum time em especial. Mas estive no Maracanã em jogos do Famengo e do Flu. Tenho um carinho especial pelos dois times, ainda que na realidade brasileira isso seja um carinho incompatível.