Torcedor que invadiu campo na Copa é banido no Catar: 'Última dança'

Italiano com longo histórico de invasões foi preso, porém, já foi colocado em liberdade

Ferri
Foto: Instagram
Ferri

O torcedor que interrompeu o jogo entre Portugal e Uruguai, com uma bandeira do arco-íris, de apoio à comunidade LGBTQ+, e uma camiseta de apoio à Ucrânia e às mulheres do Irã, foi banido definitivamente da Copa do Mundo do Catar.

Mario Ferri, que entrou no campo aos 61 minutos, é italiano, tem 35 anos e foi preso após o ocorrido. Porém, segundo a polícia local, já foi colocado em liberdade, sendo proibido de entrar nos estádios no Qatar.

O torcedor em questão já vem de um histórico de invasões desde a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Na ocasião, ele entrou partida entre Bélgica e Estados Unidos com a mensagem 'Salvem os filhos da favela'.

Em comunicado, o comitê organizador da Copa do Mundo do Catar explicou a decisão. "Ele foi libertado pouco após ser retirado do campo. Em consequência das suas ações e da prática habitual, a sua entrada foi cancelada e ele foi banido de futuros jogos neste torneio", apontou.

Em mensagem publicada em sua conta no Instagram, o italiano designou a invasão de segunda-feira como a "última dança", explicando que quis tocar assuntos importantes.

Ferri disse que em relação ao Irã, onde diz ter amigos e que as mulheres não são respeitadas, o mundo tem que mudar e que isso acontece com gestos fortes, enquanto, no que diz respeito à Ucrânia, revelou que trabalhou como voluntário em Kiev, onde viu o sofrimento do povo local, fazendo mais um apelo à paz.

Quanto à bandeira do arco-íris, o italiano lembrou que a FIFA a baniu , bem como os símbolos neste Mundial, mas que ele, num papel de "Robin", quis passar a mensagem de que se pretende um mundo livre que respeite todas as raças e ideias.