Camisa 10 da seleção se irritou, irritou a torcida, irritou os adversários, fez gol e chorou no fim; Tite arriscou com Firmino e foi premiado com a vitória

A seleção brasileira suou, sofreu, mas venceu a Costa Rica por 2 a 0 na manhã desta sexta-feira (22). O jogo marcou a estreia de Fagner na equipe titular, e teve em Douglas Costa, Coutinho e Neymar suas figuras principais.
Confira abaixo como foi a atuação dos jogadores da seleção brasileira , conforme análise da equipe do iG Esporte:
Alisson – Suas participações foram limitadas a reposições de bola e a algumas saídas em lances que poderiam ser perigosos a favor da Costa Rica no segundo tempo. Nas principais chances da equipe adversária, o goleiro apenas torceu para Celso Borges errar o chute, no primeiro tempo, e ficou vendido em bate-rebate dentro da área afastado por Miranda na segunda etapa. Nota: 6 .
Fagner – Ninguém esperava vê-lo em campo na Rússia. Mas lá estava ele. O lateral do Corinthians cumpriu bem o seu papel em fechar os espaços na defesa, mas foi muito discreto no apoio ao ataque – especialmente após a entrada de Douglas Costa, na volta do intervalo. Nota: 6 .
Thiago Silva – Muito seguro nas disputas individuais, o capitão brasileiro ficou mais adiantado no segundo tempo e foi importante para recuperar rápido a posse de bola e manter a pressão brasileira. Nota: 6,5 .
Miranda – Tão seguro quanto seu companheiro de defesa. Afastou bolas importantes mais de uma vez na partida. Nota: 6,5 .
Marcelo – Exibiu a extrema habilidade que todos bem conhecem, mas errou mais do que acertou. Apareceu bem ao ataque, como se espera dele, mas parecia estar com preguiça de olhar para a área antes de cruzar e matou várias jogadas assim. Nota: 6 .
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Casemiro – Importante na recuperação de bola e na distribuição de jogo. Quase marcou no fim em bom chute de fora da área. Nota: 7,5 .
Paulinho – Jogou melhor do que na primeira partida, contra a Suíça. Apareceu bem no ataque e sua presença na área foi determinante para o Brasil ter superioridade numérica sobre os costarriquenhos. Nota: 7,5 .
Coutinho – Não se escondeu do jogo, mas não demonstrava estar num dia inspirado. Até fazer o gol salvador nos acréscimos. Iluminado. Nota: 8 .
Willian – Demorou a entrar no jogo. Quando começou a aparecer, Tite já estava decidido a deixá-lo no vestiário e voltar para o segundo tempo com Douglas Costa. Nota: 5,5 .
Douglas Costa – Seus primeiros dez minutos em campo não foram nada diferentes dos 45 minutos de Willian. Mas, quando acertou seu primeiro drible, não parou mais. Foi para dentro dos adversários, incomodou a todo tempo, e ainda deu a assistência para o gol de Neymar. Nota: 8,5 .
Neymar – O camisa 10 da seleção brasileira foi sonolento, foi irritante, foi cai-cai, foi impreciso, foi gênio, foi brigão, foi goleador, foi emotivo, foi tudo. Foi bem Neymar mesmo.
O craque da seleção teve atuação apagada no primeiro tempo. No segundo, perdeu uma chance clara em batida da entrada da área e depois fez a escolha errada num lance em que o pênalti foi marcado pelo árbitro, e revertido pelo VAR. Esse lance deixou Neymar 'pistola', como o canarinho mascote da seleção. Daí para frente, o camisa 10 não quis mais saber de rolar no chão. Foi para cima de tudo quanto é costarriquenho que apareceu na sua frente, deu carretilha humilhante na linha de fundo, marcou aos 52 minutos do segundo tempo e chorou. Lágrimas para lavar a alma de quem carrega tanta responsabilidade aos 25 anos de idade. Nota: 8,5 .
Gabriel Jesus – O atacante foi muito pouco acionado no primeiro tempo, mas participou das principais jogadas da etapa final. Cabeceou uma bola no travessão, deu o passe para o lance do 'pênalti' em Neymar e fez a parede para o gol de Philippe Coutinho. Nota: 8 .
Roberto Firmino – Entrou muito bem na partida e mostrou que pode jogar ao lado de Gabriel Jesus. Tanto é que, no lance de gol de Coutinho, foi Firmino quem ganhou pelo alto para Jesus deixar com o camisa 11. Nota: 8 .
Fernandinho – Foi a campo já nos minutos finais da partida. Sem nota .
Tite – Não conseguiu fazer a seleção brasileira jogar o que se esperava desde o primeiro tempo. Viu que Willian não estava em sua melhor jornada e não tardou a substituí-lo. Depois, o técnico não teve medo de deixar Firmino e Gabriel Jesus juntos em campo, e foi premiado com a vitória no fim. Nota: 8.
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