Turistas de todo o mundo encontraram erros e preços abusivos no comércio local, que busca se aproveitar dos estrangeiros

Se dentro dos estádios da Copa do Mundo de 2018 é só festa, fora deles os turistas estão encontrando dificuldades nos altos preços de hotéis, corridas de táxi e outros serviços nas cidades da anfitriã Rússia. De acordo com as autoridades do país, os estabelecimentos estariam ilegalmente dobrando, e até triplicando, os seus preços para turistas estrangeiros, com o objetivo de faturarem mais com o Mundial.
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Em um dos casos relatados, um motorista de táxi cobrou 23 mil rublos, mais de 300 euros e R$ 1.200 de um turista vietnamita para levá-lo da Praça Vermelha, em Moscou, capital da Rússia , até o aeroporto Sheremetyevo. Vale ressaltar que a mesma rota custa cerca de 1000 rublos. O cliente até reclamou do preço, mas o taxista o ameaçou.
Em outra ocasião, o restaurante georgiano Genatsvale, de acordo com um relato de um jornalista russo, inventou um cardápio em inglês no qual seus preços dobraram. Já um grupo de mexicanos precisou pagar 5 mil rublos por noite por um quarto no hostel Gnezdo, em São Petersburgo, sendo que a diária é de apenas 500 rublos. Além disso, eles reclamaram da hospitalidade do local.
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Brasileiros na Rússia

De acordo com informações do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, cerca de 60 mil brasileiros viajaram à Rússia para assistir à Copa do Mundo . A estimativa foi realizada pelo Itamaraty e pelo Ministério do Esporte, sendo divulgada no evento que lançou o Guia Consular do Torcedor Brasileiro, manual com informações sobre a Rússia para ajudar os turistas.
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Nunes admitiu que a chegada de tantos brasileiros na Rússia para a Copa do Mundo vai causar um "estresse" na rede consular no país, localizada em Moscou. Para auxiliar, o ministro alegou que vai instalar postos consulares nas cidades de Sóchi, Kazan, Samara, Rostov e São Petersburgo.