A primeira vez que cartões amarelos e vermelhos foram usados na história foi na Copa do Mundo de 1970
A regra é clara! Hoje todo mundo que entende um pouco de futebol sabe para que servem os cartões amarelo e vermelho, porque é marcado um impedimento ou conhecem a possibilidade de substituição de jogadores durante uma partida. Mas nem sempre foi assim. Os cartões e as substituições começaram a ser usados em 1970, os impedimentos em 1863.
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Algumas dessas regras foram aplicadas pela primeira vez em Copas do Mundo. A importância do evento tem a capacidade de chamar atenção para assuntos importantes e comprovar que determinadas medidas funcionam.
Em 2018 não será diferente. A Fifa adotou a utilização de árbitro de vídeo, sistema utilizado em alguns campeonatos de base, nacionais e internacionais que ainda passa por fase de teste e costuma não estar presente em todas as etapas de uma competição. Na Libertadores, por exemplo, o VAR será usado apenas a partir das quartas de final.

Outra alteração interessante que pode afetar outros campeonatos posteriormente é o acréscimo de uma substituição. O técnico de uma seleção poderá trocar um quarto jogador caso o jogo vá para a prorrogação, até então o limite era de três jogadores durante toda a partida. Além disso, está permitido o uso de equipamentos eletrônicos na área técnica, o que pode ajudar o técnico em questões táticas e no monitoramento de condições físicas dos jogadores.
Veja algumas das mudanças que aconteceram em Copas e são utilizadas até hoje.
Uso de cartões

Participam da Copa do Mundo jogadores e árbitros de diferentes nacionalidades, que falam idiomas distintos. Assim, o entendimento sem a existência de uma forma de comunicação universal ficava quase impossível. Marcações de falta e advertências, por exemplo, eram eventos que causavam muitas dúvidas e confusão durante uma partida. Isso até a Copa de 1966, porque em 1970 foi implementado o uso de cartões amarelo e vermelho.
A ideia do juiz inglês Ken Aston, na época membro do Comitê de Arbitragem da Fifa. O gatilho para isso foi um episódio ocorrido na competição de 1966, no jogo das quartas de final entre Argentina e Inglaterra. Na ocasião, o capitão argentino se sentiu injustiçado por uma marcação do árbitro e saiu de campo exigindo a presença de um intérprete.
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Substituições

Dentro de campo tudo pode acontecer. A estrela do time pode entrar mau em uma partida, outro pode se lesionar ou ocorrer uma expulsão e a tática de jogo precisar ser mudada. Como o treinador resolveria esses problemas se não pudesse realizar substituições? Difícil, né? Mas até a Copa de 1970 isso era uma realidade.
A competição de 1996 foi muito violenta e alguns times acabaram se beneficiando da superioridade numérica após jogadores adversários saírem de campo lesionados. Algo precisava ser feito e a regra de substituições foi implementada.
Chip na bola

Nem tudo que acontece dentro de campo é percebido a olho nú, afinal, são muitos detalhes. Como saber se a bola passou completamente da linha do gol é um deles. Essa dúvida já foi origem de grandes erros de arbitragem como o gol do título da Inglaterra na Copa do Mundo de 1966 .
A solução para o problema foi encontrada na Copa de 2014, quando um chip eletrônico foi implantado na bola. O dispositivo tinha a função de avisar à arbitragem e ajudar ou não na confirmação do gol.
Essa regra ainda não é utilizada amplamente no futebol, já que o custo não é dos mais baratos. Mas, a atenção para o assunto foi conquistada e alguns campeonatos utilizam auxiliares de linha de fundo que tem a função de confirmar a passagem por completo ou não da bola pela linha de gol.