A Nigéria está oficialmente fora de uma edição de Copa do Mundo pela segunda vez seguida. Após ser derrotada nos pênaltis pela República Democrática do Congo na repescagem, a seleção estrelada por Osimhen e Lookman acabou dando adeus ao sonho de disputar a competição em 2026 na América do Norte.
A decisão, que foi para as penalidades, acabou sendo marcada por uma acusação polêmica de Éric Chelle, técnico da Nigéria, que afirmou que os jogadores adversários no banco de reservas fizeram vodu, prática religiosa que surgiu na África que consiste em agradar e louvar seres espirituais para obter pedidos especiais. A ação teria ocorrido no momento em que nigerianos cobrariam suas penalidades.
"Durante todas as discussões sobre pênaltis, o cara do Congo fez umas coisas de vodu. Toda vez...Toda vez. Por isso que eu fiquei um pouco irritado no final" , disse Chelle em entrevista coletiva.
"Eles acenavam assim (gesticulou o treinador). Eu não sei se era algo ou outra coisa do tipo" , concluiu o treinador.
A partida
Com a bola rolando, a Nigéria iniciou bem o duelo, marcando aos três minutos com Frank Onyeka. Ainda no primeiro tempo, a RD Congo chegou ao empate com Elia, aos 32 minutos.
O duelo ficou corrido e com chances para os dois lados, mas acabou permanecendo empatado mesmo após dois tempos de uma prorrogação.
Nos pênaltis, a Nigéria desperdiçou com Bassey, Moses Simon e Ajayi, enquanto a RD Congo, que errou apenas com Moutoussamy e Tuanzebe, levou a melhor e venceu por 4 a 3 nas penalidades.
Com a vitória, a República Democrática do Congo poderá disputar a Copa do Mundo pela segunda vez. A primeira participação ocorreu em 1974, quando o país ainda se chamava Zaire. Naquela ocasião, a seleção africana ficou no grupo de Brasil, Iugoslávia e Escócia, perdendo três partidas, sofrendo 14 gols e não balançando as redes em nenhum confronto. Para chegar à segunda Copa, os africanos terão que passar pela repescagem mundial, que acontecerá em março de 2026.