Argentinos sugerem regra para parar domínio brasileiro na Liberta

Dois clubes do Brasil se enfrentarão na final do torneio pela quinta vez nos últimos seis anos

Palmeiras e Flamengo se enfrentarão na final da Libertadores deste ano
Foto: Cesar Greco / Palmeiras
Palmeiras e Flamengo se enfrentarão na final da Libertadores deste ano

Com classificações heroicas, Palmeiras e Flamengo se colocaram na final da Libertadores e garantiram mais uma decisão inteiramente brasileira na maior competição de clubes da América do Sul.

Principais rivais de Brasil entre times e seleções, os argentinos não estão nada satisfeitos com o enorme domínio canarinho no torneio nos últimos anos e pensam em mudanças para reequilibrar o cenário no continente.

Durante a última edição do "412", popular programa de futebol que reúne diversos influenciadores do meio, a ideia de trazer de volta a regra que dificultava o encontro de dois rivais nacionais na final da Libertadores foi levantada pelo produtor de conteúdo "BenitoSDR".

Benito, streamer argentino que propôs o retorno da regra que dificulta finais do mesmo país
Foto: Reprodução
Benito, streamer argentino que propôs o retorno da regra que dificulta finais do mesmo país

"Uma dúvida: o que vocês acham da regra que duas equipes do mesmo país tem que, obrigatoriamente, se enfrentar nas semifinais para evitar uma final nacional?", questionou Benito à bancada.

O restante do programa concordou com a ideia que dificultaria a sequência histórica dos brasileiros na decisão continental.

Entenda a regra

Após duas finais consecutivas entre brasileiros em 2005 e 2006 (São Paulo x Athletico-PR e São Paulo x Internacional), a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) propôs uma mudança ao regulamento da Libertadores em 2007.

Na ocasião, foi incluída uma regra que forçava um confronto de dois times do mesmo país na semifinal, independentemente do chaveamento estabelecido previamente.

A nova lei foi vista logo em sua temporada de estreia. Em 2007, pelo caminho decidido anteriormente, o Boca Juniors enfrentaria o Grêmio na semifinal, enquanto o Santos iria encarar o Cúcuta Deportivo, zebra histórica da competição.

No entanto, um confronto entre Imortal Tricolor e Peixe foi forçado pelo regulamento. Os gaúchos venceram, mas, na final, foram atropelados pelos argentinos.

A regra foi utilizada até 2016, última edição da Libertadores disputada em um semestre. Desde então, aconteceram seis finais realizadas entre times do mesmo país, representando 66% das ocasiões.

Caso ainda fosse válida, a lei anteciparia o duelo entre Palmeiras e Flamengo neste ano, enquanto  RacingLDU disputariam a outra vaga na decisão.

Finais brasileiras

Palmeiras e Flamengo farão, no dia 29 de novembro (sábado), às 17h (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Lima, no Peru, a sétima final exclusivamente brasileira da história da Libertadores.

A primeira delas aconteceu em 2005, quando São Paulo e Athletico-PR eliminaram River Plate e Santos, respectivamente, para decidirem o título da competição.

Na grande final, o Tricolor Paulista levantou o troféu sem maiores dificuldades, sacramentando a vitória com um impactante 4 a 0 no jogo de volta, no Morumbis.

Na última edição da Libertadores, dois brasileiros também lutaram pela conquista no último duelo da temporada sul-americana. Mesmo com um a menos desde os 30 segundos de jogo, devido à expulsão de Gregore, o Botafogo superou o Atlético Mineiro por 3 a 1 e conquistou o primeiro título de sua história.