
Além do grande sufoco superado pelo São Paulo em campo, a partida entre o Tricolor e o Atlético Nacional, disputada no Estádio Atanasio Girardot, na Colômbia, na última terça-feira (12), e válida pelas oitavas de final da Libertadores, foi marcada por momentos de tensão nas arquibancadas.
Separados por um simples cordão policial, torcedores de ambas as equipes começaram a se provocar após Gustavo Tejera, uruguaio responsável pelo jogo, apitar o término do duelo.
Karoline Rodrigues, são-paulina grávida de seis meses, que homenageará Rodrigo Nestor com o nome de seu filho, escapou de ataques da torcida colombiana na reta final da partida.
De acordo com a torcedora, após o segundo pênalti perdido por Edwin Cardona, meia do Atlético Nacional, os colombianos começaram a arremessar pedras, garrafas e outros objetos em direção ao público visitante.
Segundo informações divulgadas pelo jornalista Kaique Dalapola, pouco depois do início da confusão, membros das duas principais organizadas do São Paulo (Dragões da Real e Independente) contaram com a ajuda da equipe de segurança que atuava no local para afastar Karoline e seu filho, de 10 anos, da confusão.
Hospedados em um hotel próximo ao Estádio Atanasio Girardot, o grupo deixou a área com um ônibus que levava integrantes da torcida "Dragões da Real", por recomendação da polícia.
Racismo
Além dos ataques, a torcida do São Paulo também foi alvo de racismo no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.
Nas imagens que circulam na internet, registradas por um torcedor do clube paulista, é possível ver um adepto do Atlético Nacional sendo flagrado enquanto imitava um macaco e apontava na direção de onde estavam os tricolores. O episódio aconteceu na frente de policiais.
Torcedor do Atlético Nacional ontem na partida contra o São Paulo.
— ⚽ (@DoentesPFutebol) August 13, 2025
Mais do mesmo... E na frente de policiais. pic.twitter.com/bgLS2OQKDm
A Conmebol afirmou que o caso está sob investigação.
Vale lembrar que o regulamento da entidade prevê a aplicação de multas e jogos sem público para o clube responsável, caso seja comprovada a infração. Em maio deste ano, a Fifa endureceu as punições em situações de racismo.