Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira (23) pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
O mandatário do Timão marcou uma coletiva para a tarde desta sexta-feira (23) para se manifestar sobre o assunto. Inicialmente, a entrevista seria no CT do Corinthians, mas segundo o jornalista Raul Moura, foi transferida para a Neo Química Arena.
Em suas redes sociais, Raul detonou a ideia de Augusto, de envolver o clube paulista e suas dependências em questões que colocam o próprio Corinthians como vítima.
"O Corinthians é a vítima disso tudo. Não acho correto Augusto Melo - indiciado - seguir no cargo de presidente e utilizar dele para convocar uma coletiva para tentar se defender. Se fosse além do Corinthians, na pessoa física, ok. Assim não dá".
"Usar as dependências do clube, seja Parque São Jorge ou CT Joaquim Grava ou qualquer lugar, para tentar se defender de um indiciamento é um absurdo. Vai destacar patrocinador? Vai ficar com a imagem do clube? Transmissão na CorinthiansTV? Não dá!", acrescentou Raul.
Impeachment em pauta no clube
Mesmo indiciado, Augusto Melo afirmou que não pretende renunciar ao cargo, como disse em entrevista coletiva na última sexta-feira. No entanto, o cenário político no clube está cada vez mais delicado.
Na próxima segunda-feira (20), o Conselho Deliberativo do Corinthians retomará, às 18h, a votação do pedido de impeachment contra o presidente. A sessão havia sido suspensa em janeiro por questões de segurança e horário, mas já tinha aprovado, por 126 votos a 114, a admissibilidade do processo de destituição.
Se a maioria simples do Conselho aprovar o impeachment, Augusto será afastado imediatamente. O cargo passará temporariamente ao vice-presidente Osmar Stabile.
Além disso, a decisão abriria caminho para a convocação de uma Assembleia Geral com os associados do clube, etapa final do processo. Enquanto isso, Melo seguiria afastado, aguardando o veredito dos sócios. Se a maioria confirmar a decisão, ele será definitivamente destituído da presidência.
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