
Um dia após conquistar o título do Campeonato Paulista sobre o Palmeiras, o atacante paraguaio Ángel Romero, do Corinthians, afirmou em entrevista que o Brasil é o país com mais racismo.
"Brasil é o país com mais racismo. Eu vivo isso todos os dias, discriminação e preconceitos. Tenho orgulho de onde venho. Se me chamam de índio, me sinto lisonjeado, porque sou de raça guarani e isso não é um insulto", afirmou Romero para o jornal paraguaio "ABC Color".
"Acho que eles (brasileiros) precisam consertar as coisas internamente primeiro. Eles se importam mais com o que acontece fora de lá, mas são muito racistas entre si", completou o jogador do Corinthians.
Durante a campanha do título paulista, Romero balançou as redes quatro vezes, atingiu a marca de 66 gols com a camisa do Timão e se tornou o maior artilheiro da equipe no atual século, ultrapassando Jô.
Racismo no Paraguai
Um episódio de racismo ocorrido no Paraguai no início deste ano repercutiu na América do Sul no início deste mês. Durante uma partida válida pela Libertadores sub-20 entre Palmeiras e Cerro Porteño, disputada em Assunção, o centroavante brasileiro Luighi sofreu cusparadas e ofensas racistas de torcedores presentes no estádio enquanto se encaminhava ao banco de reservas.
Após o episódio, a presidente Leila Pereira, ao lado da CBF, pediu a exclusão do time paraguaio da competição. No entanto, a Conmebol optou por punir a equipe com uma multa de 50 mil dólares (R$ 290 mil) e a realização dos jogos restantes no torneio com portões fechados.
Posteriormente, o presidente da entidade Alejandro Domínguez, também paraguaio, deu uma declaração polêmica ao ser perguntado sobre a possibilidade da disputa da Libertadores sem clubes brasileiros, levantada pela dirigente palestrina.
"Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível…", disse o mandatário, dando risada. Chita, citada por Alejandro, é a chimpanzé que acompanha o personagem principal durante as obras animadas.
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