Horas após a oficialização da reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-jogador e atual apresentador Neto comentou a permanência do dirigente no cargo.
"Pessoal está dando boa sorte para o Ednaldo. Boa sorte? Ficou 25, 30 anos na Federação Baiana (FBF), já ganhou a eleição antes mesmo do término de seu mandato. O Ronaldo Fenômeno, que achou que por ser o Ronaldo, iria conseguir (vencer a eleição). Não consegue, futebol não é assim", iniciou Neto.
"É inadmissível o país do futebol, pentacampeão do mundo, que está a 24 anos se ganhar uma Copa do Mundo, não ter uma pessoa, um CEO, entre 220 milhões, que possa comandar o futebol brasileiro. Isso é uma vergonha, vergonha para quem já está lá, e para quem não quer fazer algo diferente", disse o comunicador.
"O futebol vai ser esse: dinheiro, sujeira, e as pessoas continuam no poder. E não vão sair, eles não querem deixar isso. É Ednaldo, Giulite Coutinho, João Havelange, Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero, Eduardo José Farah, é todo mundo. Eles ficam mais de 20 anos no poder. (...) Quando você coloca uma pessoa para ficar 20 anos no poder, isso é uma ditadura, um absurdo", afirmou o ex-atleta.
Além das críticas ao sistema eleitoral da CBF, Neto também criticou a tentativa frustrada de concorrer de Ronaldo Fenômeno, e revelou o nome ideal para assumir a presidência do órgão.
"O Ronaldo não vem aqui 'dar uma de gostoso', que comigo não é assim... 'Eu quero ser presidente', não é assim. Você tem que ir lá (nas federações), conversar com todo mundo, entender as coisas, não apenas por ser o Ronaldo. Você quer ser o presidente da CBF ao lado do Andrés (Sánchez), que quebrou o Corinthians", apontou o ídolo do Timão.
"Para mim, o presidente ideal para a CBF é o Zico", revelou Neto.
Zico tentou concorrer a presidência da FIFA em 2015, mas assim como Ronaldo no Brasil, desistiu após não conseguir o número mínimo de indicações para oficializar sua candidatura.
Reeleição de Ednaldo Rodrigues
Ednaldo Rodrigues foi reeleito, nesta segunda-feira (24), presidente da CBF por unanimidade. Ele permanecerá no cargo até 2030. O mandatário não teve adversários e disputou como candidato único, contando com grande apoio de equipes das duas principais divisões do Brasileirão, e das 27 federações estaduais.
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