
Cruzeiro e São Paulo empataram em 1 a 1, ontem, em jogo da FC Series, em Orlando (EUA). O iG Esportes pediu para o jornalista brasileiro Henrique Pereira, que mora no país, contar como foi a experiência.
O que mais o marcou foi o clima de paz, ainda que poucos torcedores cruzeirenses tenham tentado embalar cânticos um pouco fervorosos, com palavrões, mas viram que não seria apropriado.
Confira abaixo as imagens e o relato do jornalista:
Acesso fácil, mas pouca torcida
São paulino, ele contou ao iG Esportes que se impressionou com a organização na ida ao estádio, até porque não havia grande público.
"Muita tranquilidade para chegar no estádio. O estádio estava relativamente vazio. Até comentei com um amigo meu se não deu prejuízo, porque não vendeu nem a metade da capacidade".
Cadeira garantida e "machines"
Henrique gostou do fato do campo ser próximo dos torcedores. E disse não ter se preocupado na hora de encontrar o lugar.
"Uma organização muito legal. Quando você chega no seu lugar, ninguém pegou seu lugar. E tem várias 'machines' (máquinas, em inglês) que você compra sua bebida, sua água, seu salgado, você mesmo passa o seu cartão e vai embora, e isso é espalhado por toda parte do estádio, facilita muito".
Agasalho esconde a camisa do time
Pelas imagens enviadas por ele, deu para ver que havia torcedores dos dois times. Mas a maioria não tinha como ser identificada.
"Como estava muito frio aqui, na casa de uns 10°, estava muita gente agasalhada, então não via tanto pra saber dividir qual torcida estava maior".
Sem confusão
Henrique se lembrou das confusões corriqueiras em jogos no Brasil. E disse que lá foi muito diferente.
"Um jogo muito de família, muitas famílias juntas. Teve momento que a torcida do Cruzeiro começou a cantar uma música com palavrão, mas na hora morreu rápido, porque as pessoas que estavam acompanhando a música ficam com vergonha, porque tem filho, esposa. Na hora todo mundo percebeu e parou".
Bateu saudade
Como mora nos EUA, o jornalista confessou que ter a chance de ver o time do coração jogando onde vive foi um privilégio raro.
"Um clima muito saudosista porque a gente que mora aqui nos EUA, ter essa oportunidade de ver um time nosso jogando aqui, é como se estivéssemos voltando ao Brasil".
Festa geral
Segundo Henrique, não havia "ninguém triste", porque era um jogo para se lembrar do país onde muitos dos presentes nasceram.
"Pra todo mundo que foi ali foi uma festa, pra poder ver seu time do Brasil. Não tinha uma rivalidade, não tinha aquele jogo de vida ou morte. Foi pra matar a saudade do Brasil através do futebol".