O presidente Marcelo Teixeira, do Santos, falou sobre o ex-jogador Robinho, ídolo da história do clube e que está preso em Tremembé, interior de São Paulo, desde março deste ano, pelo crime de estupro cometido na Itália.
“O que ele fez da sua vida e da maneira como teve as suas atitudes, ele está respondendo fora das quatro linhas. Vou além, vou só te dar um exemplo prático. Essa discussão já aconteceu com o maior de todos os tempos. Se discutiu assim, como o Pelé não reconhece a sua filha? Como? É um absurdo acontecer um negócio desse. Eu respondia, o Edson não responde pela filha. O Pelé fala sobre o futebol”, disse Teixeira em entrevista ao programa "Abre Aspas", do "Ge".
Robinho foi condenado a nove anos de prisão, ou seja, pode progredir para regime semiaberto quando cumprir 40% da pena e, em seguida, receber a liberdade. Quando questionado sobre a futura relação de Robinho com o clube após ser solto, Teixeira não soube responder.
“Aí eu já não sei responder (sobre idolatria após a pena). Com toda sinceridade, eu não vou conseguir responder para vocês. Tudo tem o seu tempo. Eu não conheço a história, não posso falar. Eu conheço ele, conviveu comigo. Fez parte da minha história. Então é difícil falar com um menino que eu vi crescer, né?”, explica Marcelo Teixeira.
“Então, você avaliar a vida de um homem, não sou capaz de fazer isso, não serei capaz de medir, nem de julgar ninguém. A Justiça julgou. Tomara que tenha sido a maior e melhor decisão, a mais justa nesse caso. Se cometeu esse crime, ele tem que pagar. Vai pagar como está pagando. Mas apagar aquilo que eu tenha de imagem do menino Robinho, daquilo que ele proporcionou de alegria ao Santos, isso é impossível”, completou.
A defesa de Robinho entrou com pedido de habeas corpus alegando que Lei de Migração, que autoriza a execução de penas impostas por países estrangeiros ao cidadão brasileiro, é inconstitucional. O STF, no entanto, recusou a liberdade ao ex-jogador.
Filho de Robinho
Nas categorias de base, o Santos conta com Robson Júnior, filho de Robinho. Recentemente, “Juninho” como é conhecido, assinou seu primeiro contrato profissional com o Peixe.
“Hoje vejo o filho despontando no sub-17, é muito difícil. A superação que esse menino está tendo é algo muito diferenciado. Eu não sei se qualquer um conseguiria superar a dor, a mágoa que o filho do Robinho passou e ele hoje é um dos grandes talentos, provando, assim, um poder, uma personalidade, uma maneira alegre de estar. Sabemos que ele tem a sua dor própria, mas vejo um futuro promissor”, destaca Teixeira.