Copa do Mundo: final no Santiago Bernabéu pode render ações de engajamento com fãs

A decisão do maior torneio esportivo do mundo em um dos estádios mais icônicos do futebol gera oportunidades únicas segundo a análise dos especialistas

Santiago Bernabéu deve ser palco da final da Copa
Foto: Divulgação
Santiago Bernabéu deve ser palco da final da Copa

De acordo com o jornal espanhol Marca, o Santiago Bernabéu foi escolhido para ser palco da final da Copa do Mundo de 2030, sediada por Espanha, Portugal e Marrocos. Após o anúncio, diversas páginas ligadas ao futebol repercutiram a notícia, rendendo um grande destaque nas redes. Um exemplo foi o perfil Madrid Zone, do X (antigo Twitter), que alcançou a marca de 5,4 milhões de visualizações ao publicar sobre o fato. Isso demonstra o quanto a escolha da decisão mexe com os fãs de esportes.

Essa não é a primeira vez que o Santiago Bernabéu sediará uma final de Copa do Mundo. Em 1982, o estádio madrileno recebeu a decisão entre Itália e Alemanha, em um duelo que terminou em 3x1 para os italianos. Agora, 52 anos depois, uma nova geração poderá presenciar um dos maiores eventos do mundo, o que torna o clima favorável para as marcas investirem em ativações e, com isso, conseguirem ampliar suas receitas.

O estádio não somente é a casa do Real Madrid, uma marca esportiva gigantesca, mas também é um dos principais pontos turísticos da cidade de Madri, um dos maiores centros econômicos da Europa, o que torna ainda mais valioso e atrativo. Juntando esses fatores com uma final de Copa do Mundo, cria-se uma oportunidade comercial única.

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Para Bruno Brum, CMO da End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo, a escolha da FIFA de sediar a final da Copa do Mundo de 2030 no Santiago Bernabéu oferece grandes oportunidades para o estádio, as empresas, e os fãs:

“É uma combinação que traz vantagens para todos. Para o Bernabéu e o Real Madrid, de firmar grandes parcerias, fortalecer ainda mais sua marca, além do retorno financeiro que vai receber. Do lado das marcas, que terão uma capacidade de exposição enorme com a nova estrutura do estádio. E também para os fãs, que poderão se aproveitar de tudo isso, participando de ativações e adquirindo produtos”, analisa o especialista.

Além do aumento da capacidade, de 81 para 84 mil pessoas, o Santiago Bernabéu agora conta com diversas tecnologias de ponta, incluindo o teto retrátil, um telão em 360°, e um painel que transmite imagens para fora do estádio. Entre as novidades, também está o novo setor VIP no terraço da arena, o Sky Bar.

O espaço de luxo tem restaurantes, boates e quiosques espalhados em um espaço de 700m², com vistas para o centro de Madri, o Paseo de la Castellana, e o campo completo (na área central). Em dias de jogos, o Sky Bar se torna um camarote, com capacidade para até 200 pessoas.

Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes nos principais estádios do Brasil, acredita que as mudanças realizadas no estádio o tornam perfeito para sediar um evento desta magnitude:

“Realizar uma final de Copa do Mundo em um estádio como o Bernabéu é um privilégio e um presente para os fãs. O estádio cumpre todos os requisitos necessários para oferecer a melhor experiência possível: tem uma das melhores estruturas do mundo, totalmente completa e moderna, capacidade para acomodar um grande número de pessoas, com uma vista perfeita para o gramado, além de diferentes opções gastronômicas e diversas ativações”, comenta o executivo.

Ser parte dos principais eventos mundiais já fazia parte dos planos do Real Madrid. Em 2022, o presidente do clube, Florentino Pérez, anunciou um acordo com o grupo de investimento Sixth Street, e a empresa de entretenimento Legends, para realizar a exploração comercial do estádio.

Iniciada em junho de 2019, a obra ainda está em andamento, apesar do estádio já ter sido entregue de volta ao Real Madrid em dezembro de 2023, e agora tem previsão de ser concluída em janeiro de 2025. A equipe merengue vai desembolsar 575 milhões de euros, aproximadamente 3,1 bilhões de reais, para pagar a obra durante os próximos 25 anos.