O Santos foi rebaixado para a segunda divisão do Brasileirão , e agora tem um passo importante para sua reconstrução nesta reta final de 2023: as eleições para presidente, que acontecerão neste sábado (09), na Vila Belmiro, e irão definir o mandatário para os próximos três anos. Segundo balanço do clube, mais de 16 mil sócios estão aptos a votar.
Veja uma galeria de fotos de Marcelo Teixeira:
O iG Esporte entrevistou Marcelo Teixeira , um dos principais candidatos. O concorrente falou sobre as suas propostas mais importantes, como a reforma da Vila Belmiro, o futuro de Marcos Leonardo e seu 'substituto', uso do Pacaembu e muito mais. A seguir, confira a entrevista completa:
O Santos é conhecido por constantemente revelar grandes promessas do futebol brasileiro. Quais são seus projetos para as categorias de base do Peixe?
"Na minha segunda gestão, regularizei a área da entrada da cidade e construímos campos de treinamento para as divisões de base. Infelizmente, não deram sequência. Lamentavelmente, toda a estrutura permanece igual desde a minha saída. Naquela época, o Santos era uma referência. Agora, muitos clubes, até de menor expressão, ultrapassaram o Santos. É preciso, além de cuidar do menino, assistir à família. Base Formadora faz parte dos meus cinco pilares de atuação. São eles: Gestão profissional/Futebol Vencedor, Base Formadora, Nova Arena e CT, Marca mais Forte e Futebol Feminino".
Sobre a reforma da Vila Belmiro, que está encaminhada com a WTorre, você pretende dar continuidade no processo? Qual seria a previsão para o início das obras e o gasto total para construir o novo estádio?
"O início e a aprovação do projeto com a W. Torre ocorreram durante a minha gestão enquanto presidente do CD (Conselho Deliberativo). A prioridade será dar andamento ao projeto com a W. Torre, e, para isso, já conversamos com o prefeito da cidade, Rogério Santos, e o CEO da W. Torre. Ambos estiveram na Universidade, no intuito de agilizar o projeto, tanto na Prefeitura, quanto nos demais órgãos. É prematuro falar em prazos e investimentos sem antes ter uma atualização detalhada do processo".
Com a Vila Belmiro eventualmente em reformas, você vê o Pacaembu como uma alternativa para o Santos mandar seus jogos?
"Enquanto a nova arena não fica pronta, o Santos mandará os seus jogos no Pacaembu, no interior de São Paulo e também em outros estados".
— Santos FC (@SantosFC) December 7, 2023
Muito se fala sobre uma eventual saída de Marcos Leonardo para a Europa em janeiro. Caso eleito, você teria algum planejamento em busca de uma peça de reposição para o jogador?
"Não me cabe, nesse momento, debater esse assunto. Acordos e compromissos têm de ser sempre respeitados por ambas as partes".
Caso você vença as eleições, Marcelo Fernandes segue como treinador do Santos em 2024?
"Em respeito ao Santos, não é o momento para especular possíveis saídas e contratações. O momento, agora, é de união e dar apoio total ao Marcelo Fernandes e a comissão técnica, que já demonstraram competência e capacidade para realizarem um bom trabalho".
Como você vê a questão das SAFs no Brasil? Transformar o Santos em SAF é algo que você consideraria?
"Eu sou a favor da SAF, mas desde que sejam cumpridas algumas condições. SAF não é decisão do presidente, mas sim dos sócios. A SAF por si só não é garantia de modernidade. Não se faz uma SAF para reduzir dívidas, o que seria um atalho. E boa gestão não permite atalhos. SAF é vender parte do futebol do clube. E vender o ativo desvalorizado é uma estratégia equivocada. Se for para um dia virar SAF, o correto é fazer uma gestão responsável, valorizar os ativos do clube e negociar em patamar de valor condizente com o que o Santos vale. Mas com um detalhe importantíssimo: jamais vender o controle do futebol. Autonomia é algo inegociável".
Quais são suas ideias em relação aos investimentos e melhorias de estruturas/elenco para dar ainda mais suporte ao time feminino do Santos?
"Eu que instituí a categoria de base feminina no Santos FC. Atraí patrocínio e tornei viável financeiramente o projeto Sereias da Vila. Como membro da FIFA homologamos a Copa Libertadores Feminina, cuja primeira edição foi em Santos. Formamos a equipe que foi bicampeã da Libertadores, campeã Mundial Interclubes e bicampeã Paulista. O fortalecimento da modalidade é fundamental para impedir retrocessos neste segmento. Inclusive, o futebol feminino faz parte dos nossos cinco pilares de trabalho".
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