O Santos obteve uma vitória importante na Justiça nesta semana. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) manteve a decisão da Fifa de que  o meio-campista Cueva não tinha justa causa para deixar o clube e se transferir para o Pachuca (MEX), no início de 2020. Com isso, o Peixe deverá receber a indenização de R$ 23,9 milhões do clube mexicano e do jogador peruano.

Representando o Santos no caso, o advogado Cristiano Caús, do escritório de advocacia CCLA, deu alguns detalhes sobre o processo em conversa com o iG Esporte. Ele celebra a vitória do Peixe após uma longa batalha de três anos na Justiça.

“Para o Santos e os clubes de futebol brasileiro, a vitória neste caso representa muito. Um atleta com contrato vigente não pode rescindir sem justa-causa e sem consequências. O Santos investiu sete milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões na época) e tinha com o atleta um salário altíssimo para mantê-lo no elenco, e um jogador não pode simplesmente rasgar isso só porque deseja se transferir para um outro clube. Então isso representa o que são hoje o tribunal e a lei esportiva. Ela não favorece um ou outro e sim quem está certo. É um precedente importante para que as partes saibam que o tribunal age de forma correta e medidas terão consequências, tanto financeira como disciplinar. Para nós do escritório também representou muito, foi um processo de três anos muito complexo e que envolve aquilo que a gente faz diariamente, por isso nos aperfeiçoamos a cada dia para estarmos preparados”.

A indenização cairá em momento oportuno para o caixa do Santos, que atravessou momentos de 'aperto' recentemente. Caús explica que após a sentença do caso se tornar definitiva, o que pode durar cerca de dois meses e meio se não tiver nenhuma intercorrência, o Alvinegro praiano deve receber o valor em até 45 dias.

“Após a sentença se tornar definitiva, ou seja, caso não seja movido o processo de anulação no supremo tribunal da Suíça, a FIFA inicia a execução. Cueva e Pachuca terão 45 para pagarem o Santos. O pagamento deve ser à vista, a menos que o Santos aceite o parcelamento”.

“O processo já se encerrou. O CAS é a última instância. No entanto, existe a chance de se anular uma sentença arbitral no supremo tribunal suíço, desde que se prove que a sentença desrespeitou alguma lei federal do país. Esse processo tem 30 dias de prazo para ser apresentado após a sentença arbitral.