Afastado da presidência da CBF, Caboclo chora ao falar sobre escândalo sexual

Dirigente disse ter sido vítima de um golpe, mas afirma ter utilizado linguagem imprópria em conversas com mulheres que trabalhavam na entidade

Foto: Divulgação
Rogério Caboclo é acusado de assédio moral e sexual por ex-funcionárias da CBF

O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo (veja fotos na galeria abaixo), foi às lagrimas durante entrevista concedida à rádio Jovem Pan na última quarta-feira. 


Acusado de assédio moral e sexual por ex-funcionárias da entidade, o dirigente voltou a negar qualquer crime, apesar de admitir ter utilizado linguagem imprópria em conversas com mulheres que trabalhavam na CBF.

"Eu vivi nos últimos tempos o que chamaria de choque de realidade, entre o entusiasmo e a euforia de cada dia trabalhado para uma circunstância absolutamente inusitada na minha vida. Sempre fui tido como homem trabalhador, respeitador e educado. De uma hora para outra, me vi envolvido num emaranhado de circunstâncias que eu nunca me imaginei e hoje eu digo que não desejo a ninguém. Todo ser humano é falível. Eu cometi e reconheci o erro que cometi. Mas longe de ser merecedor de um rótulo ou de roupagem de alguém que assedia, que desrespeita. Sou homem de família. Tenho muitas mulheres na minha família. A vida inteira trabalhei com mulheres e jamais vivi nada parecido", disse.

Caboclo disse ter sido vítima de um golpe e afirmou que atualmente é preciso ter muito cuidado para não ter falas tiradas de contexto e utilizadas com viés político.

"Não sou vítima, não quero passar por vítima. Reconheci meus erros, mas estou certo que não cometi assédio. Nunca me insinuei para ela. Que tenham responsabilidade. E os homens mais ainda. Infelizmente, vivemos no momento em que qualquer palavra tirada do contexto ou empregada em uma finalidade política nebulosa — e aí eu não me refiro à funcionária — pode manchar reputações, derrubar cadeiras. Peço aos homens e às mulheres: tenham muita responsabilidade, porque você nunca sabe no mundo de hoje do que você pode estar sendo alvo. Ou de quem. E repito: não é nenhum ataque à funcionária", afirmou.