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A exemplo do que está acontecendo em outras cidades pelo mundo, o Rio de Janeiro vai exigir comprovante de esquema vacinal completo contra a Covid-19 para quem pretende frequentar espaços fechados, como boates e estádios de futebol, a partir do mês que vem, quando estão previstas para começar a vigorar as novas medidas de flexibilização.

Em entrevista ao blog do jornalista Edimilson Ávila, da Rede Globo, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que a "liberação condicional", referindo-se à flexibilização, será acompanhada de um “pacote de incentivos” para os cariocas não deixarem de se vacinar.

Pelo plano da nova etapa de flexibilização das regras, anunciado pela prefeitura na sexta-feira passada, a partir de 2 de setembro os estádios de futebol estarão liberados para receber 50% de sua capacidade. Mas, para frequentar as arquibancadas, o torcedor terá de comprovar que já foi imunizado com as duas doses. O mesmo vai valer para o público das boates, casas de shows, festas em locais fechados, que também poderão receber 50% de capacidade, na mesma data, pelo plano.

Segundo o blog, o comprovante será exigido também nos centros de convivências de idosos e até mesmo para ter acesso a programas de assistência da prefeitura. Também de acordo com o blog, a princípio o carioca que quiser frequentar esses espaços poderá apresentar o certificado digital de vacinação pelo app ConecteSUS. O método é semelhante ao que será adotado por Nova York, que vai passar a exigir a apresentação do comprovante de vacinação para as pessoas que queiram frequentar restaurantes, academias de ginásticas ou ir a lugares fechados como os cinemas e os teatros.

Também em setembro prefeitura do Rio deve dar prosseguimento com a busca ativa, telefonando para as pessoas que não compareceram nos postos de vacinação dentro da data prevista originalmente. As medidas são necessárias porque um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que cerca de 100 mil cariocas estão sem a imunização completa. Destes, 55 mil, ou seja, mais da metade possuem entre 60 e 64 anos. 

Isso pode ter contribuído para o aumento de hospitalização de idosos no estado, depois de quatro meses em queda, segundo essa mesma pesquisa. Na manhã desta terça-feira, 627 pessoas estavam internadas nos hospitais público do Rio com o coronavírus. O número é menor que os dos últimos meses, mas o que chama a atenção é que 49,3%, ou quase a metade tem 60 anos ou mais.

No Rio, o avanço da vacinação também é uma das metas da prefeitura. Porém, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirma que para isso depende que o Ministério da Saúde não atrase a entrega das doses. Segundo ele, o ministério tem 12,9 milhões de doses pendentes a serem distribuídas. “Precisamos da distribuição das vacinas em estoque o mais rápido possível! Estamos em pleno inverno com nova variante circulando! Nada pode ser mais urgente que esta distribuição!” cobrou Soranz numa rede social.

Ao anunciar o novo plano de flexibilização, na semana passada, o prefeito Eduardo Paes condicionou as ações ao cenário epidemiológico continuar favorável; as vacinas chegarem conforme planejado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde; a vacinação dos cariocas continuar sendo realizada de maneira eficaz e engajada; e alta cobertura vacinal da população acima de 60 anos e com comorbidades. Para que a retomada ocorra como planejado, a ideia é, até setembro, que 77% da população já tenha recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e que 45% já estejam vacinados com a segunda dose ou dose única.

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