Neste sábado (21), em comunicado oficial, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defendeu o adiamento das Olimpíadas de Tóquio
para 2021 por causa da pandemia de coronavírus.
Em apoio à posição da entidade, as confederações de diversos esportes se manifestaram, em suas redes sociais, declarando ser inviável a realização dos jogos neste ano. Eles acreditam que o evento possa ser realizado no próximo ano, entre 24 de julho e 9 de agosto de 2021.
Esta decisão contraria a posição do COI, que segue com a programação normal dos Jogos e diz que não há necessidade de mudanças drásticas no momento. Durante a semana, em entrevista ao jornal "The New York Times", o presidente da entidade, Thomas Bach, reafirmou o desejo de iniciar os Jogos na data prevista, dia 24 de julho deste ano.
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Neste sentido, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) se posicionou, em sua rede social, favorável a decisão do COB, assim como a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e a Confederação Brasileira de Remo (CBR).
"A posição do COB, apoiada pelas confederações nacionais, se dá por conta do notório agravamento da pandemia do COVID-19 e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos e competições. #RemoBrasil #TimeBrasil", disse.
Além dessas entidades, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) também publicou uma nota favorável a posição do COB, por meio do diretor executivo da confederação de vôlei, Radamés Lattari.
"Prezando pela segurança máxima de todos os envolvidos com as seleções brasileiras de vôlei e pelo bem de todo o esporte brasileiro e mundial, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apoia o pedido de adiamento dos Jogos de Tóquio, feito, neste sábado (21.03), pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em função do coronavírus (COVID-19). A entidade que rege o esporte brasileiro pede ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que o evento aconteça em 2021, no mesmo período agendado para 2020 – entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto", comentou.
Radamés Lattari também afirmou, por meio da nota da Confederação, que não há condições para que as Olimpíadas sejam realizadas em 2020, com competições em alto nível, devido ao regime de quarentena
impostas por muitas nações como forma de conter a disseminação e o contágio do vírus.
"A CBV entende que, diante da pandemia que toma conta do mundo inteiro, não há condições para que o maior evento esportivo do planeta seja realizado. Sabemos do momento mágico que é uma edição dos Jogos, o quanto os atletas se preparam e esperam por isso, e, justamente visando ter uma competição no mais alto nível, como merecido, que concordamos que este não é o ano ideal", disse o dirigente.
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Outra entidade que se posicionou a favor do COB foi a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). A entidade, através de sua presidente, Maria Luciene Cacho Resende, prometeu enviar uma carta à Federação Internacional de Ginástica (FIG), fazendo um apelo pelo adiamento dos Jogos Olímpicos.
"Nossos atletas
não podem treinar e estamos impossibilitados de fazer planos de viagens. Neste momento a crise mundial provocada pela pandemia se impõe sobre o planejamento anteriormente traçado, que é forçosamente relegado a um segundo plano. Os Jogos Olímpicos
são a celebração da vida e da amizade entre os povos, e pressupõem os melhores atletas do mundo no topo de suas performances. No quadro atual, essa perspectiva é impossível. O evento não pode jamais nos colocar em risco. Diante de toda essa incerteza, nosso compromisso é reforçar o pleito pelo adiamento do evento de Tóquio", ressaltou a presidente da CBG.
Por fim, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) também se mostrou favorável à postura do COB em suas redes sociais.
"A CBJ está junto com o COB nessa defesa do adiamento dos Jogos Olímpicos e parabeniza o presidente Paulo Wanderley pela coragem e liderança. O momento é de cuidarmos da saúde mundial para o melhor bem individual e universal. #JitaKyoei".