"Bafômetro de coronavírus" pode ser solução para volta das torcidas aos estádios

Professor de Universidade de Israel espera que baixo custo do teste possa ser absorvido pelos torcedores ou clubes

Pesquisador de Israel, Sarusi aguarda aprovação para ideia ser comercializada
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Pesquisador de Israel, Sarusi aguarda aprovação para ideia ser comercializada

Em meio à pandemia do Covid-19, clubes e federações ao redor do planeta tentam viabilizar forma de garantir a segurança de atletas e torcedores para que o futebol possa retomar suas atividades normais. Entre as ações, que vão desde os protocolos de distanciamento social até a alta carga de testes de todos os envolvidos, uma solução tecnológica pode ser ajudar nesta batalha: o bafômetro de coronavírus.

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Segundo informações do jornal O Globo, o bafômetro promete rapidez e eficiência maior do que as análises mais completas, por um custo mais baixo, na análise do público que for aos estádios. A ideia tem chamado a atenção de clubes e entidades do esporte em fóruns que debatem como a tecnologia pode ajudar no retorno dos torcedores aos estádios.

Em pouco mais de um minuto e com 90% de precisão nos primeiros testes, a tecnologia consegue identificar se a pessoa está com o novo coronavírus (Sars-Cov-2) ou não, garantindo assim a segurança de todos que participarão do evento. 

O aparelho, que será submetido, daqui a um mês, à analise da Food and Drugs Administration (FDA), agência norte-americana de controle de alimentos e medicamentos, já tem o respaldo do Ministério da Defesa de Israel.

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Segundo o professor Gabby Sarusi, idealizador do projeto e vice-diretor de pesquisa da Escola de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Ben-Gurion, a tecnologia teria baixo custo — cerca de R$ 60 - e foi idealizada para ser utilizada em aeroportos, empresas e também para o esporte.

Para fazer o teste, basta o torcedor soprar o dispositivo. O aparelho conta com um chip eletrônico equipado com milhares de sensores que pode indicar a presença, ou não, do novo coronavírus de acordo com suas propriedades ópticas e eletromagnéticas.

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Em seguida, o sistema analisa a amostra biológica e fornece um resultado positivo ou negativo preciso por meio de um sistema conectado à nuvem, que é integrado a um banco de dados e disponibilizado para autoridades.

"Essa é a ideia principal. Só não sei se será econômico para o torcedor pagar esse valor pelo teste além do ingresso", ressaltou Sarusi, afirmando ainda que os clubes podem dividir essa conta.