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A pandemia de coronavírus interrompeu o futebol mundial e com isso os clubes de todo o mundo estão deixando de ganhar muito dinheiro, principalmente no Brasil. O Corinthians não foge dessa regra e deve enfrentar ainda mais problemas financeiros do que já tinha antes da paralisação, mas por enquanto o clube não irá negociar a redução salarial do elenco e decidiu pagar seus atletas e funcionários enquanto houver dinheiro em caixa.

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Andrés Sanchez, presidente do Corinthians
Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians



Esse plano foi explicado pelo próprio Andrés Sanchez , na última semana, quando foi entrevistado pelo programa "Jogo Aberto", da Band. Diferentemente de alguns rivais, como o São Paulo, que reduziu 50% do salário de todos os envolvidos com o futebol profissional, o Timão nem pensa em abrir negociação desse tipo e prefere trabalhar com a realidade financeira do momento.

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- Aqui vai pagar tudo, quando tiver dinheiro paga, quando não tiver não paga ninguém. 50%/60% das receitas dos clube é TV, se a TV não pagar, não tem como pagar salário de jogador, de ninguém, essa é a realidade, aí vou eu brigar com jogador para reduzir 50%? Sendo que daqui dois meses não volta o futebol, a Globo para de pagar e eu vou falar o quê? Que vamos reduzir mais do que 50%? Então em todos os meses que tiver receita, eu pago, quando não tiver vou avisar "não tem receita, não recebe" - declarou o mandatário.

Não é só o dinheiro da televisão que pode desfalcar os cofres corintianos, mas também a verba de patrocinadores, que podem adiar o pagamento em meio à crise financeira que assola a grande maioria dos setores da sociedade. Sem contar o dinheiro da bilheteria, que vai direto para o fundo da Arena, mas não será recebido se não houver os jogos. Por isso Andrés prefere a franqueza.

- Eu não estou com salário atrasado, eu digo que a receita de um clube de futebol é TV, patrocínio e bilheteria, se eu estou sem bilheteria, se o patrocínio adia o pagamento e se a Globo não pagar, que eu acredito que não vá pagar, não tenho receita para pagar, eu vou ser franco.

Mesmo que haja atraso pelos próximos meses, e o clube não conseguir remunerar seus jogadores e funcionários, o presidente corintiano disse que não vai deixar de pagar os valores em débito, porém vai sentar com o elenco e tentar diluir o saldo devido a partir do momento que o Corinthians voltar a ter receita suficiente para arcar com toda a folha salarial.

- Quando voltar eu vou falar "Tem dois meses de salário atrasado? Então a gente vai escalonar e vamos pagar esses meses". Não estou dizendo que não vou pagar, vamos escalonar para pagar isso. Por exemplo, você reduziu 50%, aí daqui um mês você não tem receita nem para pagar os 50%, aí volta o futebol. Você vai ter que pagar tudo o que está devido, você não vai ter a receita dobrada e eu acredito que a receita do público vai demorar muito mais do que patrocínio e TV para voltar a pagar. Enquanto eu tiver receita, vou pagar. Quando não tiver receita, eu vou avisar que não dá para pagar e vamos escalonar para pagar no futuro - esclareceu Andrés.

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Neste momento, o elenco do Corinthians está em período de férias, que termina no início do próximo mês. Assim que os jogadores encerrarem o descanso, devem continuar trabalhando em suas casas, ainda seguindo a recomendação de isolamento doméstico por conta da pandemia de coronavírus. Também não há prazo para o retorno das competições.

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