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Borja comemora gol pelo Palmeiras contra o Corinthians
Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Borja comemora gol pelo Palmeiras contra o Corinthians

Em meio à pausa do futebol pela paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus, e a análise do impacto financeiro, o Palmeiras prepara um recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte, em inglês) a respeito de Miguel Borja. O clube perdeu ação na Fifa, movida pelo Atlético Nacional, da Colômbia, referente ao pagamento de US$ 3 milhões (mais de R$ 16 milhões, atualmente), ainda ligados à venda do atacante, em 2017. Mas o Verdão se diz tranquilo.

Em seu site oficial, a equipe colombiana informou que, caso o Palmeiras não pague o que deve nos próximos 45 dias, será impedido pela Fifa de inscrever novos jogadores, em torneios nacionais ou internacionais. Mas o Verdão, que, inclusive, já nem conta mais com Borja - o centroavante está emprestado ao Junior Barranquilla - crê que essa decisão não terá efeito tão rápido.

A diretoria do Palmeiras afirma que a decisão não é definitiva, já que o caso ainda está em sua fases preliminares e, por isso, o clube não corre risco algum de ser sancionado pela Fifa nesse estágio. A confiança é de que o CAS entenderá a interpretação do Verdão a respeito da dívida.

Palmeiras e Atlético Nacional tiveram divergência quanto a compra de 30% dos direitos econômicos de Borja por parte do Verdão, dono dos outros 70%. Os colombianos entendiam que, se o centroavante não fosse vendido até agosto de 2019, o Verdão teria de adquirir esta fatia por US$ 3 milhões (pouco mais de R$ 11 milhões na época). O clube brasileiro não pagou por considerar que não há prazo definido e ter um acordo verbal para repassar quando vendê-lo - o atacante, no momento, está emprestado ao Junior Barranquilla.

Em fevereiro, a situação chegou a ser discutida pessoalmente entre representantes do Atlético e Anderson Barros, diretor do Palmeiras, em meio às negociações do Verdão para tentar trazer o lateral-direito Daniel Muñoz, mas não houve avanço. O clube colombiano não só faz questão de resolver o caso envolvendo Borja como informa que teve que fazer empréstimos no ano passado, por não ter recebido US$ 3 milhões em agosto, e que, quando a quantia for depositada, será para o pagamento dessas dívidas.

- Agradecemos particularmente a decisão que a FIFA acaba de emitir. Essa é uma quantia importante. Esperávamos esse pagamento em agosto do ano passado, e a inadimplência gerou perdas significativas no exercício financeiro de 2019, que tivemos que cobrir fazendo dívidas com o setor financeiro - Juan David Pérez Ortiz, presidente do Atlético Nacional.

- Continuaremos a trabalhar com comprometimento para superar a difícil situação financeira que enfrentamos atualmente, devido ao alto nível de gastos por causa dos baixos rendimentos que recebemos, como resultado da paralisação do futebol em todo o mundo pela COVID-19 - prosseguiu.

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