Emerson Sheik parabeniza Pacaembu pelos 80 anos de existência

Autor dos dois gols que deram ao Corinthians o título da Libertadores de 2012 no estádio, ex-jogador lembra com carinho do Paca

Emerson Sheik guarda boas recordações do Pacaembu
Foto: Arquivo pessoal
Emerson Sheik guarda boas recordações do Pacaembu

O Paulo Machado de Carvalho, conhecido popularmente como Pacaembu , completa hoje 80 anos de existência. Um dos símbolos arquitetônicos da cidade de São Paulo, o local, por muitos anos, foi considerado como uma segunda casa pelo torcedor corinthiano.

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Por lá desfilaram craques do clube, como Rivelino, Sócrates, Casagrande, Carlitos Tevez e Ronaldo “Fenômeno”. Porém, o protagonista de uma das mais marcantes histórias dessa relação foi o ex-atacante Emerson Sheik , responsável pelos dois gols que levaram o Corinthians à conquista da Copa Libertadores da América, em 2012.

Hoje aposentado dos campos, o craque não ficou de fora das homenagens ao estádio e lembrou da eterna conquista com a camisa alvinegra e aproveitou para parabenizar o charmoso local. “Tive várias histórias interessantes dentro do Pacaembu e, certamente, a de 2012, com o título do Corinthians, 2 a 0, em cima do Boca Juniors, foi a mais incrível e a mais mágica. Só tenho lembranças boas desse estádio e, inclusive, morei próximo dele. Por isso, tenho uma gratidão eterna ao Pacaembu por ter me recebido tão bem e ter me feito tão feliz lá dentro. Parabéns e muitos anos de vida”, afirmou Sheik.

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Mas, não foi só o título da Libertadores que os torcedores do Corinthians celebraram por lá. Ao todo, foram oito as vezes que os adeptos viram o time dar a volta olímpica.  A último foi em 2013, com a Recopa Sul-Americana diante do rival São Paulo. Antes, o alvinegro levantou as taças da Taça Libertadores de 2012, Brasileiro de 2011, Paulistas de 1951, 54 e 2009, além dos Torneios Rio São-Paulo de 1950 e 54. Contadas pequenas taças e Torneios Início, o Timão tem 24 títulos no Pacaembu.

A relação do Corinthians com o estádio, aliás, começou no dia 28 de abril de 1940, quando o Pacaembu tinha acabado de ser inaugurado. Considerado, na época, o maior e mais moderno da América do Sul, o local foi palco de um jogo entre o alvinegro e o Atlético-MG, para um público de 50 mil pessoas. Na oportunidade, os paulistas golearam os mineiros por 4 a 2. Até deixar o estádio para passar a jogar em sua Arena, na Zona Leste, o clube fez 1.686 jogos no local, conquistando 965 vitórias, além de 395 empates. Nas traves do estádio, por sua vez, o time de Parque São Jorge marcou 3.305 gols. Claudio foi o atleta que mais entrou no gramado do estádio com a camisa do clube e também o maior artilheiro do Timão por lá. Jogador do Corinthians por cerca de 12 anos, ele atuou em 322 partidas no Pacaembu e marcou 185 gols, 25 a mais do Baltazar.

Foi lá também que o Corinthians conseguiu a quebra histórica do tabu contra o Santos de Pelé. No total, o Timão passou 11 anos sem derrotar o rival praiano em partidas pelo Campeonato Paulista, até que no dia 6 de março de 1968, no estádio, Paulo Borges e Flávio fizeram os gols da vitória por 2 a 0 que colocou fim ao incômodo jejum. Antes, a Fiel também presenciou momentos importantes no Pacaembu, como a chegada de Rivellino, em 1965, e a criação do apelido “Timão”, em 1966, quando Ditão, Nair e Garrincha foram contratados pelo clube. A Portuguesa, por sua vez, foi o clube que mais enfrentou o Corinthians no estádio. A primeira partida entre os dois times aconteceu no dia 24 de novembro de 1940. Desde então, foram 153 jogos, com 80 vitórias do Corinthians, 40 empates e 33 derrotas.

Mantendo seu histórico de protagonismo na cidade, hoje o estádio é palco de um hospital de campanha, que está auxiliando no combate ao coronavírus. Vale lembrar que, desde janeiro, o local passou a ser administrado pelo consórcio Allegra, que pagou R$ 115 milhões pelo direito de gerir o espaço pelos próximos 35 anos. Uma das principais alterações previstas no palco esportivo é a demolição do tobogã, arquibancada inaugurada no início da década de 1970. No seu lugar será erguido um prédio de cinco andares, com 44 mil metros quadrados de área construída.