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Diante da dificuldade para um acordo envolvendo todas as equipes das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, a Comissão Nacional de Clubes (CNC) definiu que dará férias coletivas de 20 dias aos jogadores, a partir do próximo dia 1, com cada diretoria negociando individualmente a possibilidade de redução salarial com cada elenco. No Palmeiras, qualquer proposta aos jogadores sairá do papel somente no mês que vem.

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Palmeiras estuda redução de salários
Gledston Tavares / FramePhoto / Agência O Globo
Palmeiras estuda redução de salários



O Palmeiras  definiu que pagará integralmente o salário de março. Durante as férias coletivas dos atletas, entre 1 e 20 de abril, fará estudo para avaliar o impacto econômico que o clube sofrerá por conta dessa paralisação, ainda por tempo indeterminado, devido à pandemia do coronavírus. A partir daí, será definido que passo dar, inclusive em relação aos salários do elenco. Não está descartado que eles sejam procurados somente quando acabarem as férias.

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Mauricio Galiotte é um dos membros mais atuantes da Comissão Nacional de Clubes e está ciente das dificuldades que enfrentará na negociação com os jogadores. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), antes da reunião dos clubes na quinta-feira, já tinha feito contraproposta rejeitando qualquer redução salarial. Assim, não foi possível um acordo nacional, mas a conversa particular pode ajudar o Verdão.

O estudo mais abrangente em abril pode ocorrer ao longo da construção de cenário com menos incertezas. Dentro da previsão do Ministério da Saúde, será possível enxergar, no mês que vem, o grau de contaminação do coronavírus que o Brasil deve enfrentar, indicando quando o surto deve diminuir a ponto de o futebol voltar com menos risco de contágio a todos os envolvidos.

Ao mesmo tempo, novidades no fator econômico podem ocorrer. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) já informou o adiantamento de 60% da cota para clubes que estão na Libertadores, o que, para o Palmeiras, significa cerca de US$ 1,8 milhão (mais de R$ 9 milhões). Além disso, não está descartada a chance de ajuda financeira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Ainda na questão financeira, porém, existe projeção para o futuro, quando a pandemia passar. O Palmeiras prometeu a seus sócios-torcedores e aos associados do clube que, o que for desembolsado em período sem jogos e com a sede social fechada, será usado como crédito a partir da normalização da situação. Ainda assim, principalmente sócios-torcedores podem abrir mão de pagamentos, fora a queda de faturamento sem bilheterias das partidas.

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Tudo isso será analisado e concluído em abril, para o Palmeiras ter uma noção melhor de suas finanças, avaliando, também, ambientes diferentes, como a possibilidade de a paralisação se alongar diante do que ocorrer no Brasil. Na apresentação da proposta aos jogadores, ao menos, o Verdão tem a seu favor o fato de costumar pagar os salários em dia, e o perfil apaziguador de Galiotte.

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