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Os treinos indicam que Felipe Melo deve formar a zaga com Gustavo Gómez no Palmeiras que enfrenta o colombiano Atlético Nacional, nesta quarta-feira, pela Florida Cup. Uma mudança implantada por Vanderlei Luxemburgo, mas que vem sendo discutida no clube há quase três anos. Uma tentativa de recuar ainda mais o volante até foi um dos problemas dele com Cuca.

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Felipe Melo
Reprodução/Instagram
Felipe Melo



Em sua segunda passagem pelo Verdão, em 2017, Cuca chegou a escalar Felipe Melo como terceiro zagueiro em derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no Morumbi. Era uma alternativa de manter o jogador no time e, na visão do técnico, manter um meio-campo mais dinâmico. O treinador não mostrava muita confiança no camisa 30, que acabou até afastado do elenco. Acabou retornando e, dias depois, Cuca foi demitido.

De lá para cá, as comissões técnicas cogitaram a mudança, mas o desempenho de Felipe Melo não justificava a alteração. Ele foi eleito como volante para as seleções dos Campeonatos Paulistas de 2017 e 2018 e esteve entre os destaques do Verdão que ganhou o Brasileiro de 2018, recebendo, até o ano passado, seguidos elogios de Luiz Felipe Scolari.

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A justificativa de Luxemburgo para convencer o jogador, que completará 37 anos de idade em junho, está no ponto de maior crítica ao volante em três anos no Palmeiras : cartões. No total, segundo números do Footstats, Felipe Melo acumula 58 amarelos e quatro vermelhos em 133 jogos oficiais no clube. A média é pouco superior a um cartão recebido a cada duas partidas.

- Hoje, o meio-campista corre 13, 14 km por jogo, e tem de fazer 50 ações de intensidade, no mínimo, que são aqueles piques de 15 a 20 metros. O Felipe Melo não consegue carregar o tamanho e o peso dele para fazer todas essas ações. Ele corre muito, se dedica ao jogo, mas toma cartão porque chega atrasado, cansado - disse Luxemburgo, ao analisar especificamente Felipe Melo em entrevista à TV Bandeirantes, em 26 de julho de 2018, quando era cotado no Verdão para substituir Roger Machado.

- Quando você o tira para passar a correr 7 ou 8 km, ele passa a precisar fazer 25 ações de intensidade, não 50. Muda tudo. Ele tem combate direto bom, roubada e saída de bola boas para iniciar um contra-ataque, tempo de bola para jogar ali atrás. É explorar a qualidade do cara onde ele melhor pode produzir. Ele tem saúde, qualidade, condição técnica, tamanhão, tudo para render como zagueiro. No meio-campo, não é que não vai funcionar, mas falta alguma coisa dentro do que acontece no futebol hoje, de ocupação de espaço - prosseguiu Luxemburgo naquela oportunidade.

Ao ser questionado sobre o assunto em sua apresentação no Palmeiras, no último dia 20, Luxemburgo prometeu conversar com Felipe Melo antes de definir qualquer mudança. E o volante aceitou virar zagueiro, como o próprio camisa 30 deixou claro em entrevista coletiva na semana passada.

- Jogador de futebol tem a missão de entender que deve jogar em outras posições, quando necessário. Joguei em outras posições, já fui meia-atacante, atacante e zagueiro. Eu me coloco à disposição para poder ajudar. Quando cheguei aqui, há três anos, falei que meu objetivo era ajudar o Palmeiras a conquistar títulos. O treinador já expôs para mim o que pensa. Conversei com ele e me coloco à disposição para ajudar - falou Felipe Melo, na quinta-feira.

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Assim, a tendência é Felipe Melo formar a zaga titular na primeira partida da equipe em 2020. E pode continuar na posição, até porque Vitor Hugo, que terminou 2019 na posição, passou por cirurgia na região inguinal, no começo de dezembro, está se recuperando fisicamente e nem viajou para os Estados Unidos com a delegação.

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