Futebol e apostas esportivas no Brasil: O futuro desse mercado

É cada vez maior o apoio pela liberação e regulamentação das apostas esportivas no Brasil. Há projetos em tramitação no Congresso e boas perspectivas para os entusiastas da ideia em 2020

Os jogos de azar são atividades regulamentadas em praticamente todos os países do mundo, em especial os que têm uma relação forte com o futebol. No entanto, apesar do Brasil ter uma tradição futebolística muito grande, essa atividade é permitida apenas em plataformas online por aqui. Não seria esse o momento mais adequado para o Brasil seguir o exemplo e começar a gerar receita com as apostas esportivas?

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Mercado de apostas esportivas

Como é na Inglaterra

                A situação na Inglaterra é bastante empolgante para o Brasil; lá o fenômeno crescente de patrocínios de cassinos e casas de apostas esportivas vêm chamado bastante a atenção de todos os países do mundo. No ano passado cerca de 60% dos times da  Premier League e do Championship tinham um patrocínio oriundo de cassinos ou casas de apostas, ou seja, 9 times da Premier League e 17 do Championship já contavam com esse apoio. Fato bastante relevante para os times nacionais que podem também ter esse tipo de ajuda.

A realidade brasileira

No Brasil os cassinos já foram uma atividade permitida e legal, porém, em meados da década de 40 essas atividades foram proibidas. Desde então muito se tem discutido sobre o assunto e nos últimos anos essa discussão tomou o senado com projetos de legalização já em votação em várias esferas.

O mesmo acontece com as apostas esportivas. A atividade ainda é irregular no Brasil, porém, os brasileiros conseguem fazer esse tipo de apostas em sites estrangeiros. Embora não seja permitido nenhum site desse nicho hospedado no Brasil, são permitidas apostas em plataformas que tenham hospedagem em países onde esse serviço é devidamente regulado pelo Estado.

                A possibilidade de poder realizar apostas pela internet ensejou um movimento de mudança no País, materializada por um questionamento muito simples: por que o Brasil não pode regulamentar a atividade e passar a recolher impostos e tributos com isso?

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Qual é o futuro para o Brasil?

Foto: Reprodução/Twitter
Jogo entre Liverpool e Everton pela Premier League, onde muitos clubes recebem patrocínios de cassinos

                Com o exemplo de vários países como Portugal, que recentemente regulamentou o jogo online e direcionou a sua receita para a Segurança Social, o Brasil tem mostrado mais receptividade aos projetos em tramitação no Congresso.

                O subsecretário de Prêmios e Sorteios do Ministério da Economia, Waldir Eustáquio Marques Júnior, anunciou esse mês em entrevista ao Valor Econômico que o governo brasileiro apresentará em março a regulamentação definitiva sobre apostas esportivas. Fato é que os projetos de lei sobre o assunto já tramitavam em votações frequentes e só faltava acertar a regulamentação detalhada para que o projeto entrasse em vigor.

                Com a lei em vigor, ao que tudo indica em março de 2020, o Brasil poderá operar apostas esportivas em todo o seu território e isso trará, consequentemente, grandes nomes para o cenário nacional. Temos como exemplo a plataforma Sportingbet,fundada em 1998 ,a empresa conta com milhares de patrocínios em todos os países e inclusive já opera no Brasil, no modelo online. Com a regulamentação a expectativa é que a Sportingbet , assim como outras empresas do ramo, cresçam exponencialmente visto que o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades para isso.

Com o crescimento dessas empresas aumenta, consequentemente, a arrecadação de impostos e tributações sob as mesmas, o que deixa o Brasil numa posição bastante confortável visto que os valores podem ser injetados em áreas carentes como educação e saúde, por exemplo.

Em um país em que o futebol ostenta tamanho apelo, as possibilidades de crescimento do setor de apostas esportivas são as melhores possíveis. Mas não para por aí. A liberação deve incrementar o turismo e estimular novas vagas formais de emprego diretos e indiretos. São benefícios próximos de serem alcançados com a regulamentação dessas atividades.