Ex-presidente do Flamengo e outras 7 pessoas são indiciadas por mortes no Ninho

10 jogadores da base do clube carioca morreram após incêndio no CT

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio doloso o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello pelas 10  mortes no incêndio do Ninho do Urubu , no dia 8 de fevereiro de 2019.

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As informações são da "TV Globo" nesta terça-feira. Além do ex-dirigente do Flamengo , outras sete pessoas foram indiciadas pelo mesmo crime e de forma dolosa, quando se assume o risco de matar.

Segundo a emissora, o inquérito também pede o indiciamento por dolo eventual de engenheiros do Fla e da empresa NHJ, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração.

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Além das 10 vítimas fatais entre 14 e 16 anos, mais três jogadores ficaram feridos.

Foto: Twitter/Reprodução
Incêndio no Ninho do Urubu matou 10 jogadores da base do Flamengo

Na investigação, assinada pelo delegado Márcio Petra, a polícia observou os envolvidos sabiam que o contêiner tinha diversas irregularidades estruturais e elétricas; a ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner; a ausência de monitor no interior do contêiner e a recusa de assinatura do TAC proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do time.

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Além disso, o inquérito aponta que o descumprimento da Ordem de Interdição do CT editada pelo Poder Público Municipal por falta do alvará de funcionamento e do certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros, e a piora das condições do alojamento dos jogadores da base do Flamengo , inclusive, no que se refere a segurança contra incêndio, assinalada nos autos da Ação Civil movida pelo MPRJ.